Participar de uma corrida de 5km pode parecer simples à primeira vista, mas o corpo passa por uma verdadeira maratona interna para garantir energia, resistência e foco até a linha de chegada.
Do momento em que você dá os primeiros passos até o final da prova, uma série de respostas fisiológicas entram em ação.
Primeiros minutos
Logo no início da corrida, o cérebro envia sinais para liberar adrenalina, o que faz o coração bater mais rápido e os pulmões trabalharem com mais intensidade.
O objetivo é levar oxigênio de forma mais eficiente para os músculos, que precisam de energia rápida para sustentar o esforço.
Nesse processo, o corpo começa a consumir principalmente os estoques de glicogênio — uma forma de carboidrato armazenado nos músculos e no fígado — que servem como o principal combustível durante corridas curtas e intensas como a de 5km.
Dilatação dos vasos sanguíneos
Com o passar dos minutos, a temperatura corporal aumenta, os vasos sanguíneos se dilatam e o suor começa a agir como um sistema de resfriamento natural.
Ao mesmo tempo, o cérebro entra em modo de foco, liberando endorfinas e outros neurotransmissores que ajudam a aliviar o desconforto físico e melhoram o humor — daí a famosa “sensação de bem-estar” que muitos corredores relatam.
Momentos finais
À medida que você se aproxima dos quilômetros finais, o corpo entra em modo de economia de energia. Se o ritmo estiver muito forte, é comum sentir o acúmulo de ácido lático, substância que causa aquela queimação nos músculos.
Com treino adequado, o corpo aprende a tolerar melhor esse efeito e a manter a performance até o fim da prova.
Fim da corrida
Após cruzar a linha de chegada, o organismo ainda está em ritmo acelerado: o coração demora alguns minutos para voltar ao normal, e os músculos continuam trabalhando para eliminar resíduos metabólicos. A recuperação completa depende de uma boa hidratação, alimentação adequada e descanso.
Ou seja, mesmo em uma corrida "curta" de 5km, o corpo ativa uma complexa engrenagem para garantir que tudo funcione em harmonia.
Entender esse processo ajuda não só a valorizar o esforço envolvido, mas também a treinar com mais consciência e cuidado.