4 doramas mostram o impacto da arte como refúgio, resistência e renascimento

Seja pela escrita, pela pintura ou pela música, essas histórias mostram como a criação artística pode curar feridas e reinventar vidas

Publicado em 13/06/2025 às 19:44
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A arte, nos doramas, vai muito além de pano de fundo estético. Ela aparece como um fio condutor da existência, um lugar seguro onde os personagens podem respirar quando o mundo pesa demais. Para muitos deles, desenhar, compor, dançar ou escrever não é apenas talento: é sobrevivência.

Nestes quatro doramas, a arte não é apenas linguagem — é redenção. Ela se transforma em instrumento de resistência diante de ambientes hostis, em gesto de afeto quando as palavras faltam, em tentativa de reconstrução quando tudo desmorona.

São histórias que tratam o fazer artístico com respeito e profundidade, mostrando que criar é, muitas vezes, o caminho mais silencioso (e mais potente) de se reencontrar consigo mesmo.

1. It's Okay to Not Be Okay (2020)

A protagonista transforma seus traumas de infância em contos sombrios que falam diretamente com as dores de quem lê — inclusive as dela.

Go Moon-young é uma escritora de livros infantis de sucesso. Mas seus contos têm uma camada sombria que revela o quanto sua arte nasce de feridas não cicatrizadas. A escrita, para ela, é a única forma de organizar o caos interno.

Com ilustrações marcantes e narrativas que ecoam experiências pessoais, os livros funcionam como espelhos — não só para o leitor, mas para a própria autora, que aos poucos descobre o poder terapêutico da palavra. A série mostra como a literatura pode tocar lugares que a fala cotidiana não alcança.

2. Navillera (2021)

Dois homens de gerações diferentes se encontram no balé e transformam o palco em espaço de afeto, coragem e libertação emocional.

Sim Deok-chul é um senhor aposentado que decide realizar o sonho de aprender balé, algo que sempre reprimiu por pressões familiares. Ele encontra em Lee Chae-rok, um jovem bailarino em crise, a companhia para esse recomeço.

A dança, aqui, é mais que estética: é um grito silencioso contra o tempo, contra o preconceito, contra a sensação de que já é tarde demais para começar algo novo. A arte do movimento se torna uma ponte entre gerações, mas também um ato de resistência diante da morte, da memória e do arrependimento.

3. Do You Like Brahms? (2020)

A música clássica serve de refúgio para jovens que lidam com insegurança, comparação constante e o medo de não serem suficientes.

A série mergulha no cotidiano de músicos eruditos e mostra como, por trás das apresentações impecáveis, existem jovens profundamente marcados por dúvidas e pressões. Chae Song-ah, a protagonista, começa a estudar música mais tarde do que o esperado e vive entre olhares de julgamento.

Ainda assim, é tocando que ela encontra sentido e força. A arte, nesse caso, aparece como algo que exige disciplina, sim, mas também sensibilidade — e que muitas vezes salva mais do que os próprios artistas percebem.

4. Our Beloved Summer (2021)

A arte visual conecta dois ex-namorados e revela como o processo criativo pode ser também um processo de autocompreensão.

Choi Woong é um ilustrador que prefere o anonimato, mas que deposita todo seu mundo interno em seus desenhos. O reencontro com a ex-namorada acontece durante um projeto documental, e as imagens que ele cria acabam refletindo mais do que ele gostaria de admitir.

Neste dorama, a arte não é sobre performance pública, mas sobre intimidade. É uma lente que revela fragilidades, lembranças e desejos não ditos. Criar, para ele, é se abrir sem precisar falar — e é nesse espaço que a reconexão entre os dois floresce.

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