A anemia ferropriva — provocada pela carência de ferro — é mais comum do que se imagina e pode comprometer diretamente a fertilidade feminina.
Apesar de muitas vezes não apresentar sintomas evidentes, essa condição pode interferir em processos fundamentais para uma gestação saudável.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30% da população mundial sofre com algum grau de anemia.
Segundo o Dr. Carlos Alberto Reyes Medina, Diretor Médico da Carnot Laboratórios, quando o organismo apresenta baixos níveis de hemoglobina e reservas insuficientes de ferro, funções essenciais à reprodução, como a ovulação e a preparação do útero, acabam sendo prejudicadas.
“Quando o corpo está com baixos níveis de ferro, ele prioriza funções vitais, como o funcionamento do cérebro e do coração, deixando a função reprodutiva em segundo plano”, explica o especialista.
“Isso pode levar a ciclos menstruais irregulares, anovulação e até falhas na implantação do embrião, dificultando significativamente a concepção.”
Além de dificultar a concepção, a anemia também pode trazer riscos durante a gravidez, como parto prematuro e baixo peso do bebê ao nascer.
Por isso, o ideal é que mulheres que desejam engravidar façam um check-up nutricional completo, com exames laboratoriais que avaliem índices como hemoglobina, ferritina e outros parâmetros relacionados ao ferro.
“O ferro é fundamental para a produção de hemoglobina, que transporta oxigênio para as células, inclusive para os órgãos reprodutivos. A deficiência desse nutriente compromete o funcionamento ovariano e endometrial, reduzindo as chances de uma gestação saudável”, complementa o Dr. Reyes Medina.
A boa notícia é que, na maioria dos casos, a anemia pode ser tratada com medidas simples e eficazes. Suplementação de ferro, orientação nutricional e acompanhamento médico regular são fundamentais nesse processo.
Incluir no cardápio alimentos ricos em ferro — como carnes vermelhas magras, folhas verdes escuras, leguminosas e frutas ricas em vitamina C — também ajuda na prevenção e recuperação da condição.
“O tratamento da anemia deve ser parte fundamental da preparação para a gestação. Ao cuidar da saúde do sangue, estamos cuidando da fertilidade e do futuro bebê”, finaliza o Diretor Médico da Carnot.