Pedir “Me ajude com…” ao ChatGPT pode parecer educado, mas é uma das maneiras menos eficazes de usar a inteligência artificial.
O motivo? Esse tipo de comando é vago, pouco objetivo e costuma resultar em respostas genéricas, distantes do que o usuário realmente precisa.
O problema da falta de direcionamento
Modelos como o ChatGPT funcionam com base em contexto, estrutura e clareza de instrução.
Quando recebem pedidos como “me ajude com um currículo” ou “me ajude com uma ideia de negócio”, acabam criando conteúdos amplos e superficiais, pois tentam adivinhar a intenção do usuário.
Na prática, o que parece ser apenas uma forma educada de começar uma conversa acaba sabotando o resultado final.
Exemplos que mostram a diferença
Veja como um comando genérico e um comando específico geram respostas completamente diferentes:
Comando genérico:
“Me ajude com um post sobre produtividade.”
Resposta provável:
Um texto genérico sobre a importância de ser produtivo, sem público-alvo ou tom definidos.
Comando preciso:
“Crie um post para LinkedIn, em tom provocador e direto, com 3 dicas de produtividade para profissionais que trabalham de casa. Comece com uma pergunta impactante e termine com uma chamada para engajamento.”
Resultado:
Um conteúdo muito mais alinhado à necessidade real do usuário.
Como pedir melhor
Em vez de “me ajude com…”, prefira instruções claras e estruturadas. Exemplos:
“Escreva um post de até 300 palavras com tom inspirador para profissionais em transição de carreira.”
“Crie um roteiro de vídeo de 30 segundos, com linguagem informal, voltado para jovens empreendedores.”
“Simule uma conversa difícil entre gestor e colaborador, com foco em feedback construtivo.”
Quanto mais detalhes você der — sobre público, formato, tom e objetivo — mais a IA conseguirá entregar algo próximo do que espera.
O segredo está no comando
O ChatGPT é um ótimo executor, mas não é vidente. Ele não precisa de delicadeza para entender um pedido, mas sim de direção.
Começar com “me ajude com…” é como chegar a uma reunião e dizer: “Alguém pode me ajudar com alguma coisa?”. Sem detalhes, o resultado é aleatório.
Se quer respostas mais estratégicas, criativas e úteis, troque o “me ajude com” por comandos diretos, claros e completos. A IA não se importa com a polidez, mas recompensa a objetividade.
Fonte: Exame