Livro que analisa as razões que fizeram do cinema pernambucano uma potência mundial será lançado em Cannes

Obra é escrita por Diego Medeiros, advogado especializado em Direito Audiovisual e referência nacional na área. Confira os detalhes do livro.

Publicado em 17/05/2025 às 6:00
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O que faz do cinema de Pernambuco um dos maiores da sétima arte brasileira, com destaque não só em solo nacional, mas em festivais e premiações ao redor do mundo?

Com uma análise minuciosa feita pelo advogado Diego Medeiros, o livro “A Potência do Cinema Pernambucano” ganhará pré-lançamento durante o Festival de Cannes, na França, um dos eventos de cinema mais importantes do mundo.

A apresentação da obra acontecerá no dia 19 de maio, em um contexto de celebração do audiovisual brasileiro e de destaque para a produção pernambucana no âmbito internacional.

Em 2025, o Brasil é o país de honra do Festival em comemoração aos 200 anos de relações diplomáticas com a França.

É um momento histórico para o audiovisual brasileiro, impulsionado pelas conquistas do cinema nacional nos últimos meses, como o Oscar de Melhor Filme Internacional para “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, pelo Urso de Prata para “O Último Azul”, de Gabriel Mascaro, no Festival de Berlim, e a estreia mundial de “O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho, na seleção oficial do Festival de Cannes, concorrendo à Palma de Ouro.

O livro, que teve coordenação editorial da Boneca Lab, chega nesse contexto de consagração e traça os fatores que fizeram com que Pernambuco se tornasse uma vitrine do cinema nacional.

Além de dados e uma pesquisa vasta sobre o mercado e sua dinâmica, a obra apresenta entrevistas com nomes importantes do audiovisual pernambucano, a exemplo dos cineastas Marcelo Gomes, Hilton Lacerda e Gabriel Mascaro, além das produtoras Emilie Lesclaux e Rachel Ellis.

No livro, Diego Medeiros se debruça ainda sobre fatores históricos, artísticos, culturais, socioeconômicos e políticos que levaram o cinema pernambucano a ser hoje um dos mais fortes e premiados no Brasil e no exterior.

Foto: Mateus Sá
Kleber Mendonça Filho e Diego Medeiros. - Foto: Mateus Sá

A obra traz um panorama dos filmes e cineastas recentes de Pernambuco para mostrar a diversidade dos modos de fazer cinema no estado ao longo das últimas décadas.

Além de anos de pesquisa sobre o tema, o autor, graduado e pós-graduado em Direito na UFPE e mestre em Indústrias Criativas na UNICAP, atua como advogado do cinema há duas décadas.

Diego é sócio-fundador do Sales e Medeiros Advogados, primeiro escritório especializado em cinema, audiovisual e artes do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil.

Esta vasta experiência profissional de quem acompanhou a trajetória de vários filmes e cineastas retratados no livro possibilita um olhar que vem de dentro do setor.

Entre os projetos que contaram com a assessoria jurídica do advogado estão “O Último Azul”, de Gabriel Mascaro; “Retratos Fantasmas”, “Bacurau” e “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho; "Fim de Festa", de Hilton Lacerda; “Paloma” e “Joaquim”, de Marcelo Gomes.

Para o autor, “o Cinema Pernambucano é de resistência, persistência e pioneirismo e o livro retrata esse ecossistema fértil, expansivo, múltiplo e vencedor de prêmios e reconhecimento, um case de sucesso a ser conhecido e estudado”.

Segundo Hilton Lacerda, roteirista e diretor pernambucano, trata-se de “um livro muito importante, que salvaguarda a memória do cinema a partir de uma outra plataforma, o texto”.

Após a apresentação da obra em Cannes, com a presença do autor, o livro terá lançamento no Brasil ainda este ano.

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