SAÚDE

Beijo no olho pode levar à cegueira? Caso com criança liga alerta aos pais

Beijo no olho de criança com herpes labial ativa alerta para risco de herpes ocular, que pode causar infecção grave e até cegueira.

Cadastrado por

Samara Cinobio

Publicado em 23/04/2025 às 8:08
Imagem de um pai segurando uma criança no colo - FreePik

A história de Juwan, um garotinho de dois anos da Namíbia, que sofreu complicações graves na visão após ser beijado no olho por uma pessoa com herpes labial ativa, trouxe à tona a importância de ficar atento a esse risco. A herpes ocular é uma infecção nos olhos causada pelo mesmo vírus do herpes labial (HSV-1).

“O vírus da herpes labial pode ser transmitido para os olhos por meio de contato direto, como beijos ou toque. Os sintomas podem ser parecidos com os de uma conjuntivite, mas é fundamental buscar atendimento médico imediatamente se houver suspeita de herpes ocular”, explicou o oftalmologista Alexandre Ventura, do Instituto de Olhos Fernando Ventura.

A herpes ocular pode causar sintomas como olhos vermelhos, coceira, lacrimejamento e, em casos mais graves, infecção na córnea, o que pode levar à perda da visão.

“A prevenção é fundamental. Evite beijar pessoas com herpes labial ativa e manter as mãos limpas são medidas simples, mas eficazes, para prevenir a transmissão do vírus”, acrescentou Catarina Ventura, também do IOFV.

PREVENÇÃO E TRATAMENTO

- Evite beijar pessoas com herpes labial ativa;

- Mantenha as mãos limpas;

- Evite compartilhar objetos pessoais;

- Busque atendimento médico imediatamente se houver suspeita de herpes ocular.

A herpes ocular pode ter consequências graves se não for tratada adequadamente. É fundamental buscar atendimento médico especializado para evitar complicações e preservar a visão.

CASO JUWAN

O garoto Juwan, da Namíbia, perdeu a visão do olho esquerdo após o beijo. O vírus começou a se desenvolver no órgão do garoto por sete meses até chegar à cegueira.

Os primeiros sintomas surgiram quando a criança tinha um ano e quatro meses. De início, ele sofreu infecção ocular persistente e o tratamento com antibiótico não apresentou resultados positivos.

Posteriormente, o quadro piorou, até que um especialista identificou o vírus do herpes simples alojado em um dos olhos.

No caso de Juwan, a córnea foi infectada e começou a “derreter”. Com a deterioração progressiva e, como a infecção não foi tratada corretamente, houve uma ulceração da córnea com perfuração da mesma em quatro milímetros. O menino perdeu a sensibilidade e a visão.

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