O papa Francisco morreu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, no Vaticano. O pontífice foi considerado o mais progressistas de seus antecessores e teve reconhecimento de ter levado uma renovação à Igreja Católica e sofreu uma série de problemas de saúde nos últimos anos.
Após 12 anos do Papa Francisco, um novo conclave acontecerá para a escolha do sucessor. Esse processo começa entre 15 e 20 dias, quando cardeais de todo o mundo são convocados para ir à Roma.
O Colégio dos Cardeais escolherá o novo líder da Igreja Católica em votação secreta. O processo eleitoral se mantém praticamente inalterado há cerca de 800 anos.
Como funciona o Conclave?
O conclave, além de escolher o próximo líder religioso da população de 1,3 bilhão de católicos ao redor do mundo, também vai refletir a dinâmica de poder mais amplo dentro e fora do Vaticano.
Desde o século XX, nenhum conclave durou mais do que cinco dias, apesar de que esse processo pode durar até semanas. Os cardeais fazem duas votações pela manhã e duas à tarde, após o segundo dia da chegada dos votantes.
Francisco foi eleito na quinta rodada de votação em 2013, no segundo dia de conclave. Já o antecessor, o papa Bento XVI, que se tornou emérito, foi anunciado em 2005 após dois dias.
A eleição é concluída quando algum candidato alcança a maioria de dois terços dos votos dos 120 cardeais. Neste processo, os cardeais ficam mantidos em total isolamento do mundo. Sem acesso à internet, telefone, ler jornais, ver televisão e nem acesso de tradutores.
São cerca de 250 cardeais, mas os que têm mais de 80 anos não podem entrar na Capela Sistina, local tradicional do Vaticano para a definição dos sucessores.
A cada votação, as cédulas usadas são queimadas. Se a fumaça for branca, foi uma eleição bem-sucedida; se for preta, não houve decisão.
Papa provisório
Durante a Sé Apostólica, esse período de escolha do próximo papa, os assuntos da Igreja são entregues ao Cardeal Decano, cargo ocupado por Giovanni Battista Re, que tem 91 anos e também presidiu a escolha de Francisco.