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Dormir demais pode ser sintoma de doença? Entenda SONOLÊNCIA EXCESSIVA

Veja o que é e quais os problemas associados à sonolência excessiva

Cadastrado por

Flávio Oliveira

Publicado em 15/12/2023 às 9:30
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No ritmo acelerado da vida, a sonolência excessiva surge como um fenômeno que transcende a mera busca por uma boa noite de sono. Essa condição, conhecida como hipersonia, tem presença de maneira sutil, infiltrando-se em diferentes aspectos da vida diária, desde as obrigações profissionais até as interações sociais.

A sonolência excessiva não apenas desafia a noção convencional de vitalidade, mas também se revela como um indicador de possíveis questões subjacentes à saúde física e mental. A seguir, veja os sintomas,  causas, diagnóstico e tratamento, para compreender as nuances desse desafio peculiar para o bem-estar.

O que é?

A sonolência excessiva, também conhecida como hipersonia, refere-se a uma propensão aumentada ao sono, levando a episódios involuntários de adormecimento, mesmo em situações inapropriadas, como no trabalho, durante as refeições ou em meio a uma conversa.

Estes episódios recorrentes de sonolência diurna ou sono noturno prolongado diferem da fadiga comum. Além disso, está associada a alterações neuropsicológicas e cognitivas. Geralmente, a sonolência excessiva é identificada inicialmente na adolescência ou no adulto jovem.

Essa condição e os distúrbios do sono são problemas bastante prevalentes, com impacto significativo nas sociedades. Por exemplo, nos Estados Unidos, na década de 1990, aproximadamente 200 mil acidentes de carro foram atribuídos ao adormecimento ao volante, resultando em cerca de um terço deles sendo fatais. De acordo com alguns estudos, aproximadamente 40% das pessoas podem experimentar ocasionalmente esses sintomas.

Sintomas

Os pacientes relatam dificuldade em acordar após um sono prolongado e podem sentir-se desorientados. Há uma compulsão para dormir, com episódios involuntários de sono durante o trabalho, refeições ou conversas.

Outros sintomas incluem ansiedade, irritabilidade, falta de energia, dificuldade de concentração e expressão verbal, perda de apetite, alucinações e problemas de memória. Os afetados também podem perder a capacidade de funcionar em ambientes familiares, sociais e no local de trabalho.

Causas

As causas mais comuns incluem privação crônica de sono, síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono, narcolepsia, síndrome das pernas inquietas, distúrbios do ritmo circadiano, uso de certas drogas e/ou medicamentos, e abuso de álcool. A interrupção abrupta de medicamentos também pode ser uma causa possível.

Alguns casos têm origem desconhecida, enquanto outros parecem ter uma predisposição genética. Fatores físicos, como tumores, traumatismos cranianos ou lesões no sistema nervoso central, também podem contribuir para essa condição. Doenças como esclerose múltipla, depressão, encefalite, epilepsia e obesidade podem ser associadas à perturbação.

Diagnóstico

Procedimentos como avaliação clínica ou a criação de um diário de sono podem ser úteis na investigação da sonolência excessiva. Estudos laboratoriais e de imagem, como tomografia computadorizada, polissonografia ou eletroencefalograma, também podem ser empregados.

Tratamento

O tratamento depende da causa. Em muitos casos, uma boa higiene do sono, visando a recuperação da quantidade e qualidade adequadas de sono, pode ser suficiente. Em outras situações, controlar o peso, evitar álcool ou sedativos, e tratar outras doenças contribuintes pode ser crucial. O tratamento eficaz da apneia do sono, quando presente, é fundamental.

Alguns medicamentos, como estimulantes ou antidepressivos, podem ser prescritos e a escolha da terapia mais apropriada deve ser realizada pelo médico.

Prevenção

Não há uma prevenção conhecida para essa condição. É essencial destacar que, embora a sonolência excessiva por si só não seja grave, pode estar associada a consequências sérias, como acidentes. Em geral, os episódios tendem a se repetir ao longo da vida, exceto nos casos em que uma causa identificável pode ser removida.

Fonte: CUF

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