Desde sua primeira aparição, Ellie se tornou o coração emocional de The Last of Us. Em Part II, sua trajetória atinge novos níveis de profundidade, dor e transformação.
O final do segundo jogo deixou muitos jogadores impactados e, principalmente, cheios de perguntas.
Afinal, qual é o destino de Ellie? Ela encontra paz? Perde tudo? Ou ainda tem algo a reconquistar?
A resposta envolve nuances e simbolismos que fazem desse desfecho um dos mais debatidos dos games modernos.
The Last of Us Part II começa com Ellie vivendo em Jackson, tentando construir uma vida com Dina. A morte brutal de Joel, que a criou como uma filha, desencadeia um desejo devastador por vingança.
A partir daí, Ellie mergulha em uma jornada violenta em busca de Abby, responsável pela morte de Joel, ignorando os apelos de quem mais se importa com ela.
O que Ellie perde no caminho
Durante sua busca por vingança, Ellie se afasta de tudo que poderia significar cura: o amor de Dina, a segurança de Jackson e até mesmo sua própria humanidade.
Quando finalmente encontra Abby, em uma sequência emocionalmente exaustiva, Ellie decide poupá-la no último instante. Mas esse gesto de compaixão vem tarde demais.
Ao retornar para a fazenda onde vivia com Dina e o bebê, Ellie encontra a casa vazia. Dina foi embora. Ela perdeu a chance de ter uma família, algo que talvez nunca tivesse acreditado merecer.
Além disso, devido a uma luta anterior com Abby, Ellie está fisicamente debilitada, tendo perdido dois dedos, o que a impede de tocar seu violão, símbolo da conexão com Joel.
O fim é definitivo?
O jogo termina com Ellie sozinha, caminhando lentamente para longe da fazenda. Seu destino físico não é mostrado: ela parte, e o jogador não sabe se voltará a Jackson, encontrará Dina novamente ou seguirá sozinha.
Mas, simbolicamente, há um fim importante: Ellie escolhe não matar Abby. Ela quebra o ciclo de ódio que dominou sua vida.
Essa escolha representa um novo começo possível, ainda que envolto em perda. É o encerramento de uma fase, não necessariamente da vida de Ellie, mas de quem ela era enquanto consumida pela dor.
O violão, deixado para trás, sinaliza que ela está pronta para seguir em frente, mesmo sem saber para onde.