Por que o Joel morreu em The Last Of Us? Entenda a história do jogo
A morte de Joel em The Last of Us Part II chocou os fãs, mas carrega um propósito narrativo profundo; entenda os motivos e o impacto na história

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A morte de Joel em The Last of Us Part II é, sem dúvida, um dos momentos mais marcantes e polêmicos da história dos videogames.
Quando o personagem é brutalmente assassinado nos primeiros momentos do jogo, muitos fãs foram pegos de surpresa, gerando revolta até hoje.
Mas a decisão dos criadores vai muito além do choque: ela tem um propósito narrativo forte e está no centro da mensagem que a continuação quer transmitir.
Como Joel morre no jogo?
Logo no início de The Last of Us Part II, Joel e Tommy resgatam duas estranhas em meio a uma tempestade: Abby e seu grupo.
O que parecia ser um simples ato de bondade vira tragédia quando Joel revela o próprio nome e Abby, que estava procurando por ele há anos, aproveita a chance para se vingar.
Ela o espanca com um taco de golfe diante de Ellie, que chega tarde demais para impedir a morte.
O motivo da vingança
A motivação de Abby está diretamente ligada ao final do primeiro jogo. Joel, ao salvar Ellie do centro médico dos Vagalumes, mata várias pessoas, incluindo o pai de Abby, que era o cirurgião-chefe responsável pela operação que poderia criar a cura contra o Cordyceps.
Esse ato de amor egoísta e protetor condenou a esperança da humanidade, mas salvou Ellie. Abby cresce com esse trauma e, anos depois, encontra Joel para fazer justiça com as próprias mãos.
Neil Druckmann, diretor criativo do jogo, explicou que a morte de Joel foi planejada para ser um catalisador emocional.
A ideia era fazer o jogador sentir a mesma dor e fúria que Ellie sente, colocando-o em um estado de desejo por vingança.
Essa decisão narrativa desconstrói o herói do primeiro jogo e desafia o jogador a lidar com temas como empatia, trauma e o ciclo de violência.
A morte também serve para mostrar que ninguém está acima das consequências, nem mesmo Joel, um personagem amado, mas que cometeu atos moralmente questionáveis.
Ao invés de seguir uma trama previsível, o jogo mergulha em dilemas humanos complexos, no qual todos têm motivos e ninguém é completamente vilão ou herói.