DORAMA

Esses 4 doramas fariam parte do multiverso de Black Mirror, só que com muito mais sentimento

Ficção científica, distopia e dilemas éticos ganham uma camada emocional nesses doramas que poderiam existir no mesmo universo da série britânica

Cadastrado por

Pedro Lima

Publicado em 03/07/2025 às 22:15
Aaron Paul protagoniza episódio da sexta temporada de Black Mirror - NETFLIX/DIVULGAÇÃO

Se Black Mirror nos ensinou alguma coisa, é que a tecnologia pode ser tão fascinante quanto assustadora — principalmente quando espelha nossos desejos mais íntimos e nossos medos mais profundos. Mas e se, dentro desse universo de futuros distópicos, controle de dados e consciência artificial, houvesse espaço para histórias com mais conexão humana, mais afetos não resolvidos e mais dor emocional do que robótica?

Alguns doramas coreanos vêm ocupando esse território entre a ficção científica e o drama existencial, criando mundos que poderiam facilmente ser episódios da série britânica criada por Charlie Brooker, mas com um ingrediente que a distingue: a intensidade do sentimento.

São narrativas que exploram o impacto das tecnologias nas relações humanas, nos dilemas morais e na solidão moderna, mas sem abrir mão da empatia e da poesia visual.

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1. My Perfect Stranger (2023)

Na linha dos melhores episódios de Black Mirror com viagens no tempo, esse dorama mistura mistério, sci-fi e drama familiar. Yoon Hae-joon (Kim Dong-wook), um repórter de TV, descobre um carro que viaja no tempo e o usa para investigar uma série de assassinatos em 1987.

Ao cruzar com Baek Yoon-young (Jin Ki-joo), que também tem motivos pessoais para mudar o passado, os dois precisam lidar com o fato de que alterar uma linha do tempo pode custar muito mais do que parece. A série não só flerta com paradoxos temporais, mas também com a dor de descobrir que o passado dos nossos pais pode ser mais sombrio do que imaginávamos.

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2. SF8: Joan's Galaxy (2020)

Parte da antologia SF8, esse episódio poderia estar em qualquer temporada de Black Mirror. Em um futuro em que pessoas ricas tomam uma vacina chamada A.Q., tornando-se “C's” (imunes à poluição), enquanto os pobres, os “N's”, vivem com expectativa de vida limitada, a estudante Yi Oh (Kim Bo-ra) descobre que foi registrada como “N” por engano.

Quando ela conhece Joan (Choi Sung-eun), uma “N” convicta, as duas desenvolvem uma ligação sensível e intensa, questionando até que ponto o sistema dita a vida — e se viver menos, mas com consciência, pode ser mais libertador.

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3. Blink (2022)

Quase desconhecido, mas absurdamente eficaz, Blink é um dorama curto e impactante sobre uma mulher que, após um acidente, adquire a habilidade de enxergar apenas 10 segundos no futuro.

Com essa vantagem, ela tenta evitar tragédias e salvar vidas, mas o fardo de saber o que está prestes a acontecer começa a corroer sua sanidade. Em uma estética fria e diálogos contidos, o dorama constrói uma tensão crescente sobre livre-arbítrio, destino e o custo de carregar a responsabilidade de mudar o que ainda nem aconteceu.

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4. Somebody (2022)

Um suspense sombrio que mergulha na interface entre desejo, psicopatia e tecnologia. Kim Sum (Kang Hae-lim), desenvolvedora de um app de mensagens chamado Somebody, se vê envolvida com um serial killer que usa a própria plataforma para escolher suas vítimas.

Com atmosfera sufocante e estética minimalista, o dorama explora como a inteligência artificial pode ser um espelho para os impulsos mais primitivos. A atuação de Kim Young-kwang no papel do assassino é perturbadora e hipnotizante, fazendo do romance entre os protagonistas algo tão assustador quanto envolvente.

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