5 doramas com protagonismo feminino forte para se inspirar
Esses k-dramas colocam mulheres no centro da trama com coragem, inteligência e humanidade — sem estereótipos e com muita potência narrativa

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O protagonismo feminino nos doramas vem ganhando cada vez mais camadas — e força. Se antes muitas personagens principais orbitavam histórias centradas em interesses românticos ou papéis tradicionais, hoje encontramos mulheres complexas, contraditórias, poderosas e profundamente humanas.
São médicas, repórteres, donas de casa, CEO’s, escritoras ou simples cidadãs que, diante de adversidades, encontram voz e presença em tramas que desafiam o lugar-comum. Em tempos em que representatividade importa (e muito), esses k-dramas entregam personagens femininas que inspiram não porque são perfeitas, mas justamente porque são reais.
Cada uma, à sua maneira, enfrenta dilemas éticos, injustiças sociais ou dores internas com coragem, autonomia e uma trajetória de transformação. A seguir, cinco doramas com protagonismo feminino marcante — seja por quebrar padrões, por resistir com sutileza ou por simplesmente existir com inteireza.
1. Search: WWW (2019)
Com três protagonistas mulheres no topo do mercado de tecnologia e marketing digital, esse dorama desafia estruturas patriarcais ao retratar executivas em confronto direto com o machismo corporativo. Bae Ta-mi, uma diretora de site de buscas, passa por dilemas éticos e afetivos enquanto precisa decidir entre sua carreira e um relacionamento nascente.
Ao lado das igualmente incríveis Scarlett e Song Ga-kyeong, a série entrega diálogos afiados, tramas empolgantes e uma sororidade rara. Mais do que romance, é sobre ambição, escolhas e espaço feminino em ambientes hostis.
2. My Liberation Notes (2022)
Yeom Mi-jeong é uma personagem que não grita para existir — mas sua jornada silenciosa é uma das mais potentes dos últimos anos. Ela representa a mulher exausta, solitária, que vive à margem — até que decide se libertar emocionalmente das amarras da rotina, das expectativas alheias e da invisibilidade.
Sem heroísmo forçado, My Liberation Notes constrói uma protagonista que inspira justamente por buscar paz no caos e significado na repetição. Uma narrativa contemplativa, com força sutil e reflexiva, que cresce de forma profunda no espectador.
3. Queenmaker (2023)
Essa série política e intensa acompanha Hwang Do-hee, uma estrategista de imagem brilhante que decide usar suas habilidades para eleger uma defensora dos direitos humanos como prefeita de Seul. É uma batalha entre verdade e poder, entre marketing e consciência.
As duas protagonistas enfrentam chantagens, machismo e corrupção institucional — tudo com muita presença de cena e articulação política. Queenmaker é eletrizante, sem perder a carga emocional, e mostra como o protagonismo feminino pode ser também estratégia, luta e resistência nos bastidores do poder.
4. Because This Is My First Life (2017)
Ji Ho é uma roteirista mal paga que decide casar por conveniência com um colega de apartamento — não por amor, mas por sobrevivência. O que poderia parecer uma comédia romântica comum se revela um estudo honesto sobre o lugar da mulher na sociedade coreana contemporânea.
A série aborda pressões familiares, desigualdade de gênero e o direito de fazer escolhas fora dos padrões — inclusive não querer filhos ou priorizar a própria carreira. A força de Ji Ho está na introspecção e na coragem de dizer “não” a roteiros prontos sobre como ser mulher.
5. The Good Bad Mother (2023)
Young Soon, a protagonista, é uma mãe solo que criou o filho com mão de ferro, esperando que ele alcançasse o sucesso. Após um acidente, ele retorna para casa em estado infantilizado, e os dois precisam reconstruir laços enquanto enfrentam questões mal resolvidas do passado.
O protagonismo aqui é materno, mas não idealizado: Young Soon é falha, dura, mas profundamente humana. Sua força está na capacidade de se transformar e de amar mesmo em meio ao arrependimento. Uma personagem que emociona, questiona e reverbera.