3 doramas que revelam os bastidores do jornalismo com tensão, ética e paixão

Entre pressões editoriais, investigações arriscadas e dilemas morais, essas histórias mostram como é intensa — e humana — a rotina da notícia

Publicado em 16/06/2025 às 23:15
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O jornalismo é, muitas vezes, retratado nos doramas como mais do que uma profissão: é uma missão permeada por dilemas éticos, relações intensas e uma busca incessante pela verdade.

Nos bastidores das redações, câmeras e microfones, estão personagens que enfrentam o desafio de informar com responsabilidade, mesmo quando isso custa sua segurança, carreira ou relações pessoais.

Esses doramas não romantizam a profissão — pelo contrário, escancaram suas contradições: o conflito entre audiência e integridade, o impacto emocional de cobrir tragédias, a censura, a competição interna e os riscos de se aproximar demais das fontes.

A seguir, três produções que mergulham com densidade no cotidiano jornalístico e mostram por que essa área é, ao mesmo tempo, um campo de batalha, de descoberta e de transformação pessoal.

1. Pinocchio (Viki/Netflix)

Na jovem Choi In Ha, um estranho distúrbio faz com que ela soluçe sempre que mente — o que não a impede de sonhar em ser repórter. Ao lado de Choi Dal Po, um colega com passado doloroso ligado ao próprio jornalismo, ela entra para uma redação repleta de disputas e decisões difíceis. ais do que um romance juvenil, o dorama propõe uma reflexão contundente sobre os efeitos que uma reportagem sensacionalista pode ter na vida de alguém.

Com uma narrativa que equilibra leveza e crítica social, “Pinocchio” trata do impacto ético da profissão desde o processo de apuração até o momento em que a matéria vai ao ar. O uso da mentira — ou da meia-verdade — como ferramenta narrativa também é confrontado com inteligência. Uma obra que questiona o poder da imprensa ao mesmo tempo em que humaniza seus profissionais.

2. Argon (Netflix)

Kim Baek Jin é o âncora de um dos programas de notícias mais respeitados da Coreia. Rígido, idealista e avesso a manipulações, ele lidera a equipe Argon com mão firme. Já Lee Yeon Hwa, uma repórter temporária, entra no grupo determinada a provar seu valor. Argon” é um dorama mais sóbrio e realista, com uma pegada quase documental. O

s episódios mostram o processo de checagem de informações, o embate entre verdade e interesses comerciais, e os limites do jornalismo investigativo. O roteiro coloca os jornalistas em rota de colisão com políticos, corporações e até mesmo seus próprios colegas. Em meio a tudo isso, o senso de missão e o compromisso com a verdade aparecem como força motriz — mesmo quando a carreira ou a segurança estão em jogo. É um retrato denso, porém necessário, sobre o jornalismo como pilar da democracia.

3. Hush (Viki)

Baseado em uma história real, o dorama segue Han Joon Hyuk, um veterano do jornalismo que já foi idealista, mas se vê hoje desmotivado e preso à rotina de uma redação corporativa. A chegada de uma nova estagiária, Lee Ji Soo, o obriga a revisitar sua paixão pela profissão. o invés de focar em grandes escândalos ou investigações, “Hush” mostra o dia a dia burocrático de uma redação, com todas as suas pressões silenciosas: cortes de pauta, medo de retaliação, manipulação de manchetes.

Mas é justamente nesse cenário que a relação entre o jornalista experiente e a novata floresce — não como romance, mas como parceria profissional. O dorama é uma crítica à transformação dos jornais em empresas de lucro, mas também uma ode aos repórteres que resistem. Em um mundo de fake news, “Hush” valoriza a coragem de quem ainda acredita no papel da imprensa.

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