Top 5 doramas com personagens que transformam dor em propósito

Esses doramas mostram como a dor pode se tornar força de ação, empatia e reinvenção para personagens que escolhem não se render ao trauma

Publicado em 08/06/2025 às 13:43
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Nos doramas mais impactantes, a dor não é apenas um obstáculo a ser superado — é uma força transformadora. Quando roteiristas se propõem a mergulhar na psique de personagens que enfrentaram perdas, violências ou frustrações profundas, o que vemos é mais do que sofrimento: vemos a potência de um novo começo. Em vez de negarem sua dor ou esperarem que ela desapareça, esses protagonistas a transformam em motivação.

São personagens que perdem familiares, vivem traumas, sofrem rejeições — e, mesmo assim, usam essas experiências para construir algo que ultrapassa o sofrimento individual. Fundam projetos, escolhem novas carreiras, mudam cidades, defendem outras pessoas ou, simplesmente, decidem viver de forma mais verdadeira. Em comum, todos têm um momento de ruptura em que o fundo do poço se transforma em ponto de virada.

A seguir, cinco doramas que retratam com delicadeza e intensidade esse processo de ressignificação da dor.

1. Move to Heaven

Um jovem autista e seu tio ex-presidiário descobrem, ao limpar os pertences de mortos, como o luto pode conectar e curar

Após a morte do pai, Geu-ru herda a missão de continuar o trabalho como “trauma cleaner”: ele organiza os pertences deixados por pessoas falecidas. Ao lado de seu novo tutor, Sang-gu, um homem marcado por culpa e rancor, ele descobre que há histórias e segredos em cada apartamento vazio.

A série emociona não só pelas histórias dos mortos, mas pela forma como Geu-ru e Sang-gu usam suas dores pessoais para entender o mundo com mais empatia. É um dorama sobre luto, sim, mas também sobre legado e reconexão.

2. It’s Okay to Not Be Okay

Marcados por traumas profundos, três personagens encontram no afeto e na arte uma forma de enfrentar suas cicatrizes emocionais

Moon Gang-tae vive em função do irmão autista, Moon Sang-tae, desde a morte trágica da mãe. Go Moon-young, uma escritora de livros infantis com transtorno de personalidade antissocial, esconde feridas da infância.

Quando seus caminhos se cruzam, eles iniciam uma jornada delicada de cura. A série não romantiza o sofrimento, mas mostra como a dor pode ser transformada em arte, afeto e coragem para viver fora do roteiro do trauma. Um conto de fadas sombrio e necessário.

3. Just Between Lovers

Sobreviventes de um desabamento vivem com cicatrizes invisíveis, mas encontram no trabalho e no amor formas de reconstruir o que foi perdido

Lee Kang-doo e Ha Moon-soo perderam pessoas queridas no mesmo acidente de construção anos atrás. Quando se reencontram como adultos, trabalhando em um novo projeto arquitetônico, precisam confrontar traumas adormecidos.

Em vez de fugir da dor, decidem se implicar nela: Moon-soo torna-se uma defensora das vítimas e Kang-doo encontra propósito em ajudar os esquecidos. O dorama é melancólico e sensível, e mostra que o luto compartilhado pode ser um ponto de conexão e redenção.

4. Radiant (The Light in Your Eyes)

Uma jovem que perde a chance de viver sua juventude transforma essa ruptura em aprendizado sobre o tempo, o amor e a empatia

Kim Hye-ja descobre um relógio que pode manipular o tempo, mas acaba envelhecendo prematuramente por usá-lo em excesso. O dorama começa como uma comédia leve, mas revela um drama comovente sobre Alzheimer e o valor do tempo vivido.

A protagonista, mesmo diante de uma existência interrompida, encontra propósito ao acolher outros idosos, reviver memórias e reconectar laços. É uma história que surpreende e emociona, mostrando que até as dores mais difíceis podem carregar ensinamentos profundos.

5. Uncontrollably Fond

Condenado por uma doença terminal, um astro decide consertar erros do passado e dar sentido aos seus últimos dias

Shin Joon-young é um ator famoso que, ao descobrir um câncer incurável, escolhe reencontrar No Eul, seu grande amor do passado e agora uma documentarista. O reencontro revela mágoas antigas, mas também abre espaço para reconciliações emocionais e decisões conscientes sobre como viver o tempo que resta.

Ao invés de negar sua dor, ele decide vivê-la de forma intensa e significativa, reatando laços com a mãe, enfrentando injustiças e oferecendo, no fim, o melhor de si. Um melodrama que honra o poder das segundas chances.

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