Romance, cura e segundas chances: 5 doramas que aquecem o coração
Quando o amor não chega para completar alguém, mas para curar feridas e abrir caminhos para recomeços, nasce algo mais profundo e duradouro

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Nem todo romance começa com flores e sorrisos. Às vezes, ele surge quando tudo parece perdido: depois de um trauma, uma decepção, uma perda que deixou marcas difíceis de apagar. É nesse ponto de vulnerabilidade que os doramas sobre cura e segundas chances se tornam tão especiais. Em vez de amores intensos e apressados, eles trazem histórias que respeitam o tempo das feridas — e mostram que, mesmo depois de momentos sombrios, ainda é possível encontrar aconchego em um novo afeto.
Essas tramas não romantizam a dor, mas a reconhecem. Elas não propõem que o outro “salve”, mas que caminhe junto. Os personagens chegam machucados, inseguros, fechados — e vão se abrindo pouco a pouco, até entender que merecem mais do que apenas sobreviver: merecem ser amados, com todas as cicatrizes que carregam. Nesses doramas, o amor é como um abraço silencioso que aquece sem pressa.
A seguir, cinco histórias que provam que o coração pode se reconstruir — e florescer de novo.
1. When the Camellia Blooms (2019)
Uma mãe solo recomeça a vida em uma cidade conservadora e conhece um policial que, aos poucos, quebra suas defesas com afeto genuíno.
Dong-baek viveu sempre à margem: mãe solteira, dona de bar, alvo constante de julgamentos. Mas quando o gentil Hwang Yong-sik entra em sua vida, sua trajetória muda. Ele é persistente, respeitoso e ama sem exigir nada em troca. O dorama mistura romance, comédia e até suspense, mas o que realmente aquece o coração é a forma como os personagens se aceitam com todas as suas imperfeições. Uma história sobre como o amor pode ser um porto seguro — e não um fardo a carregar.
2. My Liberation Notes (2022)
Em uma narrativa contemplativa e silenciosa, o amor aparece como um bálsamo para a solidão e o esgotamento emocional da vida adulta.
A série acompanha três irmãos presos em rotinas sufocantes e um misterioso forasteiro que entra em suas vidas. A mais introspectiva, Mi-jeong, encontra em Gu não apenas um interesse amoroso, mas um reflexo de sua própria dor. O relacionamento deles não é óbvio nem fácil, mas profundamente humano. “Libertar” aqui não é fugir, mas olhar para dentro. É um dorama sobre pessoas que não sabem como amar — até perceberem que podem tentar, mesmo aos poucos.
3. Thirty-Nine (2022)
Três amigas enfrentam juntas o luto e descobrem que o amor — romântico ou não — pode ser o maior alívio em tempos difíceis.
Cha Mi-jo, Jeong Chan-young e Jang Joo-hee estão prestes a completar 40 anos quando são surpreendidas por um diagnóstico terminal. Em meio à dor e ao medo da despedida, o dorama entrega momentos de profunda ternura, inclusive nos romances paralelos que surgem. Em especial, a história de Mi-jo e seu companheiro mostra como é possível encontrar paz no outro mesmo quando o mundo parece desabar. O foco aqui é o amor maduro, que conforta, não exige, só está ali — presente.
4. Chocolate (2019)
Um chef e uma médica se reencontram anos depois de uma infância marcada pela dor e descobrem que o amor pode alimentar até a alma.
Lee Kang e Moon Cha-young têm passados difíceis e um elo invisível que os une desde crianças. Reencontram-se em um hospital de cuidados paliativos, onde a dor da perda é constante. Em meio a despedidas, eles reencontram também o próprio coração. A comida é um símbolo poderoso de cura e memória, e cada gesto entre eles carrega mais do que palavras poderiam dizer. Um romance delicado, que mostra que recomeçar é possível mesmo quando tudo parece irreversível.
5. Hi Bye, Mama! (2020)
Uma mulher tem a chance de voltar temporariamente à vida para se despedir da filha — e reencontra o amor em sua forma mais pura e desprendida.
Cha Yu-ri morreu em um acidente e deixou para trás o marido e a filha recém-nascida. Anos depois, recebe a oportunidade de voltar à vida por 49 dias. Nesse tempo, ela reencontra sua família, agora reconstruída com outra mulher. A história é mais sobre o amor que solta do que sobre o que prende. Yu-ri não tenta retomar seu lugar, mas sim oferecer tudo de si antes de partir — inclusive o perdão. É um drama comovente sobre cura, aceitação e como o amor pode existir mesmo na ausência.