Netflix revela 10 novas produções brasileiras até o fim do ano

A Netflix anunciou a chegada de dez novas produções brasileiras que prometem renovar o catálogo nacional da plataforma com histórias originais, envolventes e conectadas à diversidade cultural do país.

As obras, que incluem séries, filmes, realities e documentários, estão em diferentes estágios de produção e serão filmadas até o fim de 2025.

Criadas em parceria com talentos locais e grandes produtoras, essas novidades ampliam o leque de formatos e gêneros do audiovisual brasileiro, trazendo à tona temas pouco explorados, abordagens inovadoras e representatividade.

“Estamos desenvolvendo histórias que só poderiam surgir aqui, com talentos brasileiros guiados por um olhar ambicioso e ávido por novas formas de narrativa”, afirma Elisabetta Zenatti, vice-presidente de Conteúdo da Netflix no Brasil.

“Cada projeto possui um diferencial, seja no conteúdo, na linguagem ou na proposta estética, e reforça nosso compromisso com o mercado audiovisual nacional, especialmente em inovação e desenvolvimento. Essas dez produções refletem a potência criativa e a pluralidade da cultura brasileira.”

Entre os destaques está a minissérie "Emergência Radioativa", baseada no maior acidente radiológico da história fora de uma usina nuclear: o caso do Césio-137, ocorrido em Goiânia, em 1987. Criada por Gustavo Lipsztein, com direção de Fernando Coimbra e produção da Gullane, a obra retrata a mobilização de médicos e físicos para conter os impactos da contaminação e salvar vidas.

“A série resgata um episódio quase esquecido, mas essencial para refletirmos sobre o país que somos. Além disso, tem protagonistas raros na dramaturgia nacional, físicos, médicos e vítimas, e explora o gênero thriller a partir de pessoas comuns diante de um evento extraordinário”, diz Coimbra.

Na mesma linha de inovação temática, a série "Fúria" mergulha no universo do MMA para contar a jornada de um jovem lutador em busca de sua identidade. Criada por Igor Verde e Gustavo Bragança, com direção de José Henrique Fonseca e produção da Zola Filmes, a série traz cenas de luta coreografadas por Peter Lee Thomas, referência internacional no ramo.

Já o doc-reality "Meu Namorado Coreano", produzido pela Floresta, mistura romance e cultura pop ao acompanhar cinco brasileiras que embarcam para Seul em diferentes estágios de relacionamento com parceiros coreanos. A proposta é explorar as dinâmicas afetivas em meio a desafios culturais e de convivência. “O elenco foi o maior desafio, porque ele é o coração do programa. Tivemos 21 dias intensos de gravação, mergulhados nesse universo com respeito e curiosidade”, comenta Adriana “Dida” Silva, VP e diretora-geral da Floresta.

O futebol, paixão nacional, também ganha espaço em três projetos. A minissérie "Brasil 70 – A Saga do Tri", da O2 Filmes, revive o título da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1970 com uma abordagem imersiva e efeitos visuais que recriam jogadas icônicas. Além dela, dois documentários exploram figuras e clubes emblemáticos do esporte: um sobre a vida de Ronaldinho Gaúcho, com direção de Luis Ara, e outro sobre o Santos Futebol Clube, com foco em bastidores, o rebaixamento, o retorno à primeira divisão e a volta de Neymar, sob direção de David Charles Rodrigues.

O terror nacional marca presença com "Fazenda Colonial", filme dirigido por Marcela Mariz e Renata di Carmo, com produção da Kromaki e Panda Filmes. Ambientado em uma antiga fazenda brasileira, o longa mistura horror sobrenatural com críticas sociais sobre racismo e o legado da escravidão. “Nosso terror provoca medo e também reflexão. Queremos que o público se assuste, mas também se questione e se emocione com os fantasmas do nosso passado”, diz Rodrigo Letier, produtor da Kromaki.

Inspirado em um dos crimes mais notórios do Brasil, o filme "Elize Matsunaga" será um thriller com pitadas de melodrama, dirigido por Vellas, com roteiro de Raphael Montes. Produzido pela Boutique Filmes, o longa explora as complexidades do caso real com uma reconstrução minuciosa da vida do casal envolvido. “Foi um grande desafio mergulhar na mente de Elize e abordar temas como classe, ambição e violência com responsabilidade e profundidade”, afirma Montes.

Outro marco inédito será o documentário "Marcha das Onças", o primeiro da Netflix sobre natureza na América Latina com produção inteiramente brasileira. Dirigido por Lawrence Wahba, o filme acompanha três onças-pintadas no Pantanal desde o nascimento até a vida adulta, com uso de câmeras especiais, drones e parcerias com pesquisadores. “Foram nove expedições ao Pantanal para registrar a jornada desses animais com riqueza de detalhes e profundidade científica”, conta Wahba.

Por fim, os fãs de "Sintonia" ganharão um spin-off em formato de longa-metragem focado no personagem Nando, com direção de Johnny Araújo e produção da Gullane. A nova produção promete dar continuidade à saga do protagonista em um novo arco, expandindo o universo da série de maior sucesso da Netflix no Brasil.