GREVE ÔNIBUS AMANHÃ EM SÃO PAULO: vai ter greve de ônibus em SP nesta sexta-feira (1º)? Veja últimas notícias
O cancelamento da eleição foi confirmado em segunda instância, sendo aplicada uma multa de R$ 50 mil a cada integrante da comissão eleitoral e ao candidato líder da chapa 4, Edivaldo Santiago da Silva.
Na tarde desta quarta-feira (30), os motoristas e cobradores de ônibus da cidade de São Paulo divulgaram sua decisão de entrar em greve nesta sexta-feira (1º), como forma de protesto contra a recente anulação dos resultados das eleições do SindMotoristas.
O sindicato representa os interesses dos motoristas e trabalhadores do setor de ônibus na região metropolitana paulistana.
Segunda paralisação em dez dias
Esta será a segunda paralisação dos ônibus municipais em um intervalo de apenas dez dias. No último dia 21 de novembro, os trabalhadores do sistema interromperam suas atividades, fechando terminais e causando impactos no transporte público da metrópole durante o processo eleitoral sindical.
Segundo a categoria, a principal motivação para a greve é o cancelamento do resultado eleitoral, que, segundo a Justiça, atendeu a um pedido apresentado por uma das chapas concorrentes, o Grupo Oposição e Luta, opositor à atual direção do sindicato. A chapa vencedora, identificada como número 4 — Resgate Raiz, obteve cerca de 14 mil votos dos 20 mil totais.
Sindicato alega desrespeito judicial
O SindMotoristas argumenta que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) agendou e cancelou duas audiências de conciliação no processo que trata da suspensão das eleições, alegando desrespeito ao estatuto da entidade e à Constituição Federal.
Três das quatro chapas envolvidas solicitaram o adiamento da votação por três meses e a substituição das cédulas de papel por urnas eletrônicas.
No entanto, a chapa 4 ressalta que o estatuto prevê eleições com cédulas impressas. A decisão de adiar a votação, aprovada em reunião da categoria, foi anulada pela Justiça do Trabalho, resultando na manutenção da eleição.
Cancelamento eleitoral
O cancelamento da eleição foi confirmado em segunda instância, sendo aplicada uma multa de R$ 50 mil a cada integrante da comissão eleitoral e ao candidato líder da chapa 4, Edivaldo Santiago da Silva.
Além do fechamento de terminais, a eleição do sindicato dos motoristas foi marcada por incidentes, como um ataque a tiros, o roubo de uma urna e um significativo aparato policial que acompanhou a apuração.
Tais eventos adicionais contribuem para a complexidade do cenário sindical, que enfrenta desafios recorrentes nas últimas edições do pleito.
As eleições do SindMotoristas têm sido historicamente marcadas por tumultos. Em 2013, quando Valdevan Noventa saiu vencedor pela primeira vez, um tiroteio deixou oito pessoas feridas em frente à sede do sindicato.
Em 2018, a contagem de votos ocorreu dentro do 11º Batalhão da Polícia Militar, a apenas um quarteirão de distância da sede. Neste ano, Valdevan Noventa foi eleito mais uma vez, consolidando um histórico de eleições sindicais envoltas em desafios e controvérsias.