Esposa de MC Poze chega ao presídio cercada por multidão de fãs
Poze é investigado por apologia ao crime e por envolvimento com o tráfico de drogas. O cantor é suspeito de lavar dinheiro do Comando Vermelho.

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A Justiça do Rio de Janeiro concedeu, na segunda-feira (2), habeas corpus para Marlon Brendon Coelho Couto, o MC Poze do Rodo. A decisão que revoga a prisão temporária do artista foi do desembargador Peterson Barroso.
Após a determinação da Justiça, a esposa de Poze, Viviane Nogueira, usou as redes sociais para convidar os fãs do marido para acompanharem a saída dele do presídio Bangu 3, no Complexo de Gericinó.
O convite foi para os fãs demonstrarem carinho e apoio ao cantor de funk. No chamado, Viviane pediu para que todos compareçam ao local a partir das 13h desta terça-feira para fazerem uma festa linda, organizada e pacífica.
Chegada de Viviane no presídio Bangu 3
Horas depois do chamado, Viviane postou, por volta das 12h desta terça-feira (3), uma foto nos stories cercada de várias pessoas e com a localização do complexo penitenciário.
Em seguida, publicou outro story — desta vez em vídeo — sendo carregada por um homem e acompanhada por uma multidão que foi ao local para demonstrar apoio
Por que MC Poze do Rodo foi preso?
O artista foi preso por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil do RJ na sexta-feira da semana passada, 29 de abril.
Poze é investigado por apologia ao crime e por envolvimento com o tráfico de drogas. O cantor é suspeito de lavar dinheiro da facção Comando Vermelho, segundo a polícia.
Um mandado de prisão foi cumprido por policiais na casa dele, em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
A investigação aponta que Poze faz shows em regiões comandas pelo Comando Vermelho na presença de ostensiva de traficantes armados com fuzis, com o objetivo de garantir a "segurança" do artista e dos eventos.
As letras das músicas do MC “faz clara apologia ao tráfico de drogas e ao uso ilegal de armas de fogo” e “incita confrontos armados entre facções rivais, o que frequentemente resulta em vítimas inocentes”, ainda segundo a DRE.
A delegacia também afirma que as apresentações do Poze do Rodo são usadas pela facção “para aumentar seus lucros com a venda de entorpecentes, revertendo os recursos para a aquisição de mais drogas, armas de fogo e outros equipamentos necessários à prática de crimes”.