O influenciador e vencedor do programa "A Fazenda" Rico Melquiades depôs, nesta quarta-feira (14), na CPI das Bets no Senado, onde passou momentos de aflição.
No depoimento, Rico precisou apostar no "jogo do tigrinho", foi cobrado pelos senadores a sacar ganhos ao vivo e afirmou estar sendo pressionado.
O campeão da 13ª edição de "A Fazenda" estava como testemunha no colegiado, um dia depois de Virginia Fonseca depor no colegiado.
O influenciador chegou ao Senado por volta das 10h30 e, ao longo do testemunho, fez apostas ao vivo a pedido dos senadores. No entanto, ele disse que estava nervoso após ganhar R$ 120 no jogo e pediu para parar.
“É porque vocês estão me deixando desconfortável. Eu não estou me sentindo mais confortável. Eu estou sentindo um tratamento sim diferente da Virginia para mim, estou sentindo que vocês estão me pressionando muito”, declarou Rico Melquiades.
“Desde a hora que eu cheguei, eu estou colaborando, e eu sentindo um tratamento muito diferente. Ontem era risada, era selfie, até no final seguir, foto no instagram. E comigo o tratamento está sendo outro”, disse o mesmo no fim do depoimento.
No início do depoimento, o influenciador leu um texto citando a Operação Game Over 2, da Polícia Civil de Alagoas, em janeiro.
Em seguida, ele ressaltou: “Nunca participei de nada ilegal”. Além disso, Rico foi questionado se seus anúncios podem influenciar menores de idade a apostarem, e respondeu que a condição não é de sua responsabilidade, usando um sobrinho como exemplo.
“Sobre menores de idade, eu acho que quem têm responsabilidade são os pais, e não eu. Eu falo isso porque eu tenho um sobrinho que mora comigo, ele tem 12 anos, e eu vejo tudo que ele consome na internet. Então, essa responsabilidade não tem que vir de mim, e sim dos pais. Até porque o Instagram não é nem para pessoas menores de idade estarem usando”, declarou Melquiades na CPI.
“Quero deixar bem claro que minha relação com plataforma de apostas foi só como influenciador. Eu fiz campanhas publicitárias, e recebi como qualquer outra publi. E tudo foi documentado de forma legal, dentro do que era permitido na época. Nunca tive envolvimento direto com as empresas, além dos contratos. Estou aqui com transparência e me coloco à disposição para responder tudo que não esteja sendo tratado no processo judicial que tramita em segredo de Justiça”, afirmou.
O senador Izalci Lucas (PL-DF) perguntou ao influenciador se ele ganhava algum valor fixo no contrato com uma empresa de apostas on-line. Como resposta, Rico disse o seguinte: “Nunca ganhei por perdas ou ganhos de outras pessoas”.