José Loreto diz que interpretar Jesus na Paixão de Cristo de Nova Jerusalém será um marco em sua carreira
De acordo com o artista, personificar Jesus é uma experiência que vai além da arte, especialmente por ser uma figura conhecida mundialmente.

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Assim como ocorre com todos os atores convidados para interpretar o papel principal no espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, José Loreto está encarando o desafio de se aprofundar nas falas e ensinamentos de Jesus. Para o ator, essa é uma experiência transformadora, pois considera Jesus a figura mais marcante da história.
“Estou me preparando muito para fazer esse Jesus e tenho certeza de que vai ser lindo e vou convencer todo mundo”, afirmou Loreto em entrevista ao Canal de Léo Dias no Instagram, nesta quinta-feira (20).
O ator já havia expressado à imprensa e nas redes sociais o compromisso que sente com esse trabalho e seu plano de realizar “muita leitura e muita pesquisa para fazer o melhor possível esse grande personagem”. O papel de Jesus representa um divisor de águas na trajetória do artista.
“É uma experiência que vai além da arte personificar esse Jesus, esse personagem tão mundial, tão importante. Estou muito feliz”, declarou.
Durante a gravação dos filmes promocionais do espetáculo, Loreto compartilhou sua visão sobre o impacto do processo de caracterização.
“Esse processo de transformação me dá mais gás, me dá mais motivação, me deixa mais interessado em viver essa outra vida de Jesus. É muito bom poder se transformar. A gente consegue ter mais empatia, inclusive consigo entender mais de perto a história de Jesus. Está sendo muito tocante”, disse o ator.
As vivências e reflexões que Loreto tem experimentado ao se preparar para o papel não são algo incomum.
Muitos artistas que já interpretaram Jesus em Nova Jerusalém relataram sentimentos semelhantes ao mergulharem na mensagem de amor e fé transmitida pela peça. Na temporada passada, Allan Souza Lima compartilhou sua experiência ao interpretar Jesus.
“Jesus é um personagem universal. É uma história que mexe com a fé de muita gente e vem mexendo com a minha. Depois de 14 anos eu voltei a rezar. Não sei o que vai acontecer com isso, mas eu acho que estou no novo processo de vida”, revelou o ator em entrevista coletiva após uma das apresentações.
Mesmo aqueles que nunca tiveram uma vivência religiosa relatam terem sido tocados pelo enredo. Foi o caso de Gabriel Braga Nunes, que interpretou Jesus em 2022.
“Estudar esse papel está sendo muito importante para mim. O texto do Sermão da Montanha está fazendo muita diferença na minha vida. É uma história que independe de religião, porque estamos falando sobre o bem, sobre ética, sobre comportamento. É uma chave revolucionária, a ideia de retribuir o mal com o bem, é uma grande mudança. Se a gente conseguir viver isso, a gente muda o rumo das coisas”, destacou em entrevista ao Portal G1.
Ainda mais profunda foi a experiência do ator Juliano Cazarré, que viveu Jesus em 2019. Em entrevista ao Blog Lumine TV, ele relatou: “Interpretar não aumentou a minha fé. Me trouxe a fé. Eu não tinha a fé. Foi o fato de eu ter ido fazer Jesus na Paixão de Cristo, em Nova Jerusalém, em Pernambuco, que me trouxe a fé”.
Segundo Robinson Pacheco, presidente da Sociedade Teatral de Fazenda Nova, entidade responsável pelo evento, o espetáculo tem como principal objetivo o entretenimento.
“A peça aborda uma temática religiosa, mas não tem como foco a religião. Tanto é que a maior parte do público, cerca de 70%, vê a Paixão como entretenimento e apenas os 30% restantes vão à Nova Jerusalém por motivos religiosos”.
Mesmo assim, ele reconhece que a encenação se tornou, ao longo dos anos, uma experiência que vai além do teatro, tocando espectadores e atores em um nível emocional e espiritual, conectando-os com valores essenciais da humanidade.
O impacto profundo que o espetáculo causa pode estar diretamente relacionado à sua temática. Embora não seja uma peça religiosa, a Paixão de Cristo busca retratar fielmente parte da história de Jesus conforme registrada na Bíblia.
“Todas as falas proferidas por Jesus na encenação são exatamente como estão na Bíblia. Esse foi um critério adotado por Plínio Pacheco, idealizador e construtor da Nova Jerusalém, que também escreveu o texto da peça”, explica Robinson.
Dessa forma, não surpreende que a mensagem transmitida no palco continue inspirando e fortalecendo a fé de muitos, seja entre os atores que dão vida à história ou entre os espectadores que acompanham a encenação na plateia.