Entenda a síndrome urogenital da menopausa e como controlar os sintomas que atrapalham a vida das mulheres

A saúde íntima das mulheres pode ser impactada por um problema recorrente e progressivo, que exige tratamento especializado para evitar complicações

Publicado em 05/09/2024 às 16:17 | Atualizado em 05/09/2024 às 16:19

A menopausa é um período de mudanças marcantes no corpo feminino, principalmente por conta das alterações hormonais. Embora alguns sintomas, como os calorões, sejam passageiros, outros problemas, como a Síndrome Urogenital da Menopausa, tendem a se permanecer e se intensificar com o tempo.

Esse distúrbio afeta a região íntima e o sistema urinário, causando grande incômodo e prejudicando a qualidade de vida das mulheres.

De acordo com a ginecologista Israelina Tavares, especialista em estética íntima e ginecologia regenerativa, a Síndrome Urogenital da Menopausa, ou síndrome geniturinária, é um conjunto de sintomas que impacta diretamente o bem-estar da mulher, afetando principalmente a área vaginal e o sistema urinário.

“Essa síndrome costuma acontecer na menopausa devido à deficiência hormonal que ocorre nessa fase, principalmente do nível de estrogênio, hormônio responsável por manter a saúde vaginal, a saúde urinária e a função dos tecidos urogenitais. Apesar de estar muito associada à menopausa, o problema também pode ocorrer em lactantes ou mulheres em tratamento de câncer, que costumam ter o nível de estrogênio diminuído”, esclarece a médica.

Embora esteja fortemente associada ao climatério e à pós-menopausa, a síndrome pode ocorrer em diferentes fases da vida da mulher. Um levantamento feito pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) aponta que entre 36% e 90% das mulheres podem sofrer dessa condição.

Os sintomas são:

Os sinais da Síndrome Urogenital da Menopausa podem variar em cada mulher, afinal, cada corpo tem sua particularidade, mas, tendem a se agravar com o tempo se não forem tratados.

Entre os principais estão:

  • Secura vaginal
  • Desconforto ou dor durante o ato sexual
  • Ardor ou queimação ao urinar
  • Coceira na região íntima
  • Incontinência urinária
  • Infecções urinárias frequentes
  • Secreção amarelada
  • Pequenos sangramentos ocasionais

Tratamentos disponíveis:

Existem várias formas de tratar a síndrome, desde terapias hormonais até cuidados não invasivos. Algumas opções são: reposição hormonais com comprimidos, aplicações de estrogênio diretamente na região vaginal, lubrificantes e hidratantes íntimos, tratamentos a laser e muito mais. 

“O laser é uma excelente opção para as mulheres que evitam ou não podem fazer uso de intervenções hormonais. Somado a isso pode usar lubrificantes vaginais a base de água e hidratantes vaginais.”, afirma Israelina Tavares. A médica também reforça a importância de adotar um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada e exercícios físicos focados na região pélvica.

A importância do diagnóstico precoce

A especialista alerta para a necessidade de tratar a síndrome logo nos primeiros sinais. “Se não tratada de forma precoce, os sintomas podem progredir e causar mais desconforto, afetando ainda mais a rotina diária da mulher. É fundamental não ignorar os sintomas e procurar um especialista para fazer o diagnóstico e o tratamento, que não alivia apenas o desconforto, mas também previne essa progressão, melhorando a saúde urogenital e também a qualidade de vida da mulher", reforça a ginecologista.

“O conteúdo deste site é destinado a fins informativos e educacionais, e não se destina a fornecer aconselhamento médico, dermatológico, nutricional ou de qualquer outra natureza. As informações aqui apresentadas não devem ser utilizadas para diagnosticar ou tratar qualquer problema de saúde. Recomendamos que você consulte um profissional de saúde qualificado para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento individualizado.”

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