Queda de cabelo sazonal: por que seus fios estão indo embora e ninguém está falando o real motivo
Não é só o clima. É o estresse, a vitamina D sumindo, os banhos quentes, os hormônios oscilando e seu couro cabeludo tentando sobreviver.

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Não é só o clima. É o estresse acumulado, a vitamina D sumindo, os banhos escaldantes, os hormônios oscilando e seu couro cabeludo tentando sobreviver no meio disso tudo.
Entenda o que está acontecendo com seu cabelo nessa época do ano e o que você pode (ou não) fazer.
Você acorda, prende o cabelo. Vai tomar banho, passa os dedos e pronto, lá vem ele. De novo. Fio por fio, como se cada um estivesse dizendo silenciosamente: "está na hora de partir". E o mais assustador: você nem sabe o porquê.
Mas calma. Existe um motivo. Ou melhor, vários.
Explica o tricologista e cirurgião capilar Dr. Marcos Mendes: “A queda de cabelo que se intensifica entre o outono e o inverno tem uma explicação mais profunda do que os clichês de 'falta de vitaminas' ou "ciclo natural do cabelo", explica.
O especialista continua: "A verdade é que essa época do ano é um combo de gatilhos para o couro cabeludo, e boa parte das pessoas está passando por isso sem nem perceber.”
É o clima? É o banho? É o corpo falando?
Sim, o frio chega e traz com ele hábitos e condições que desregulam completamente o ciclo capilar:
- O sol desaparece. A vitamina D despenca. E, junto com ela, o suporte hormonal que mantém os fios firmes na raiz.
- Os banhos ficam mais quentes. A água escaldante remove a proteção natural do couro cabeludo, enfraquece a raiz e resseca a fibra capilar.
- A alimentação muda. Trocam-se frutas e saladas por massas e industrializados, diminuindo a ingestão de nutrientes essenciais para o cabelo.
- O estresse acumulado do início do ano começa a bater. E seu couro cabeludo sente isso antes de você admitir.
"É uma época em que muitos fatores se somam silenciosamente. O corpo entra em modo de adaptação, e o cabelo, que não é prioridade metabólica, responde com queda. Não é um colapso, é um alerta", destaca Mendes.
“O que eu faço então?”
Talvez a pergunta seja: “do que o seu corpo está tentando te avisar?”
Em vez de sair desesperadamente comprando shampoos antiqueda ou tomando suplementos sem indicação, o mais inteligente é observar o contexto.
Seu corpo está pedindo socorro em silêncio e o cabelo é só o primeiro a gritar.
“A queda de cabelo é um sintoma, não uma sentença. E muitas vezes, tratar o cabelo é tratar a rotina. Dormir melhor. Comer de forma mais consciente. Olhar os exames. Reduzir os excessos. E sim, quando necessário, entrar com protocolos clínicos para restaurar o ciclo capilar com segurança”, afirma Dr. Mendes.
Se você precisa de respostas… o primeiro passo é sair do piloto automático.
- Exames de sangue para avaliar ferro, vitamina D, zinco, vitamina B12, ferritina, hormônios da tireoide e até níveis de estresse oxidativo podem revelar mais do que você imagina.
- Consultar um tricologista é fundamental para diferenciar uma queda passageira de uma alopecia em estágio inicial. Tratar cedo pode evitar a perda definitiva dos fios.
- Em alguns casos, protocolos como LED capilar, PRP (plasma rico em plaquetas), microinfusão de ativos, uso de minoxidil tópico e implantes subcutâneos para bloquear o DHT podem ser indicados.
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