Atividade física: a aliada contra a hipertensão e os problemas cardiovasculares

Dados do governo revelam que 28% dos brasileiros têm hipertensão, que é responsável por 80% das mortes por AVC e 60% por infarto agudo do miocárdio.

Publicado em 06/12/2024 às 14:39
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A hipertensão arterial, conhecida como o "vilão silencioso", pode causar sérios danos ao coração sem apresentar sintomas claros.

Contudo, estudos recentes apontam que a prática de alguns minutos de exercícios diários contribui para reduzir a pressão arterial, melhorar a qualidade de vida e adiar complicações cardíacas. Dados do Ministério da Saúde mostram que 28% da população brasileira convive com hipertensão.

“Entre os fatores de risco que contribuem para a alta incidência das doenças cardiovasculares está a hipertensão arterial descontrolada, responsável por 80% dos óbitos por AVC e 60% por infarto agudo do miocárdio”, destaca a Dra. Cristina Milagre, cardiologista e médica do esporte do Hcor.

A importância da avaliação prévia

Antes de iniciar qualquer atividade física, é essencial realizar uma avaliação pré-participação esportiva. A orientação médica ajuda a determinar a intensidade ideal do exercício, considerando o histórico clínico e exames complementares.

“Exercícios aeróbicos (caminhada, bicicleta, corrida, elíptico, natação) e resistidos, como musculação, pilates, crossfit, têm impacto positivo na saúde cardiovascular e diminuem desfechos como infarto, aumento da pressão arterial e colesterol alto. A boa notícia é que, quanto antes começar a praticar atividade física, mais rápido a pressão arterial sofre um efeito benéfico”, explica a especialista.

Fatores de risco modificáveis

A maioria dos fatores de risco para doenças cardiovasculares está ligada ao estilo de vida, sendo, portanto, modificáveis.

A American Heart Association sugere os "Life’s Essential 8", passos essenciais para a saúde do coração: alimentação equilibrada, prática de exercícios, sono de qualidade, controle de glicemia, colesterol, pressão arterial, peso corporal e cessação do tabagismo.

“Pensando na população geral, raramente a pessoa vai ter uma proibição de realizar atividade física de forma leve a moderada. Muitas vezes, num primeiro momento, se a pressão está alta, ou se está investigando uma possível arritmia ou uma dor no peito, é preciso definir a causa do problema antes. Muitas pessoas pensam de forma equivocada que o exercício físico é perigoso, mas é o contrário, perigoso é ser sedentário. Porém ao realizar exercício físico você coloca o seu corpo em uma condição de estresse, e caso você tenha algum problema silencioso, o exercício pode ser o gatilho para que algo de ruim aconteça. Por isso, devemos realizar uma avaliação prévia e iniciar com intensidade leve a moderada, aumentando a intensidade e a duração dos treinos de forma gradativa”, alerta a Dra. Cristina.

Sinais de alerta durante os exercícios

Se durante ou após a prática de exercícios houver dor no peito, palpitações, tontura ou falta de ar, a atividade deve ser interrompida imediatamente, e uma avaliação médica é indispensável. Esses sintomas podem indicar problemas cardíacos que requerem investigação e tratamento.

Movimente-se diariamente

Mesmo para os sedentários, pequenas mudanças no dia a dia já trazem benefícios. Atitudes simples, como evitar elevadores, subir escadas e caminhar mais, ajudam a melhorar a saúde cardiovascular e a combater o sedentarismo.

Adotar um estilo de vida ativo, com acompanhamento profissional, é um passo crucial para prevenir problemas cardiovasculares e viver com mais qualidade.

“O conteúdo deste site é destinado a fins informativos e educacionais, e não se destina a fornecer aconselhamento médico, dermatológico, nutricional ou de qualquer outra natureza. As informações aqui apresentadas não devem ser utilizadas para diagnosticar ou tratar qualquer problema de saúde. Recomendamos que você consulte um profissional de saúde qualificado para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento individualizado.”

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