De arrepiar! Fenômenos espirituais assombraram os bastidores de A Viagem

Bastidores da novela A Viagem, trama gravada nos anos 90, foram marcados por relatos de atividades paranormais que deixaram a equipe em choque

Publicado em 12/05/2025 às 15:41
Google News

Clique aqui e escute a matéria

A Viagem, novela exibida originalmente em 1994 na TV Globo e atualmente em reprise no Vale a Pena Ver de Novo, não marcou época apenas por sua trama envolvente e abordagem espírita.

Nos bastidores da produção, relatos de fenômenos espirituais assustadores circularam entre atores e membros da equipe, alimentando o misticismo em torno da obra escrita por Ivani Ribeiro.

Clima espiritual foi além do roteiro

Acervo/Globo
Antonio Fagundes e Christiane Torloni em A Viagem, 1994 - Acervo/Globo

A novela, que gira em torno da vida após a morte, reencarnação e obsessões espirituais, parecia atrair o que narrava na ficção. Segundo depoimentos de bastidores, durante as gravações, luzes piscavam sem explicação, objetos mudavam de lugar sozinhos e alguns membros da equipe relataram sensações estranhas e calafrios repentinos nos estúdios.

Em entrevista ao programa Conversa com Bial, em outubro do ano passado, a atriz Christiane Torloni, que interpretou a personagem Diná, revelou que diversos aparelhos eletrônicos começaram a ligar sozinhos enquanto ela estava em casa.

"Quando a gente começou a gravar, estava morando provisoriamente num apartamento daqueles antigos (...) e, quando chegava de noite, a casa não ficava em paz. Eu estava morando sozinha, e o quarto 1 e o quarto 2 ficavam apitando. Caiam coisas na sala. Nunca fui uma pessoa impressionável. Na casa da minha avó, que era uma casa antiga, eu não tinha medo.", comentou a atriz.

Christiane disse que logo entrou em contato com Wolf Maia, diretor da novela, para explicar a situação.

"Falei: 'Wolf, a gente pediu licença para fazer esse trabalho?'. Porque acredito nessas coisas. Quando a gente vai trabalhar com coisas reais, mesmo, você tem que fazer uma mentalização. (...) Falei: 'Preciso fazer alguma coisa, estou tão cansada, chega na hora de dormir e a casa vira... as coisas caem e tal.' Aquilo começou a me incomodar mais do que assustar.", contou Torloni. Ela ainda complementou dizendo que fez uma oração dentro da residência, na tentativa de parar com esse incômodo: "Eu fiquei quietinha lá, eles oraram, me concentrei, e parou.", revelou a atriz.

Christiane Torloni recebeu cartas psicografadas

Na primeira exibição da novela na Globo, Christiane compartilhou com Bial que recebia cartas psicografadas em sua residência. A história de Ivani Ribeiro, que explora a vida após a morte, tem como inspiração a filosofia espírita de Allan Kardec.

Ao término da trama, a atriz revelou ter aberto essas correspondências.

"A maioria eram cartas psicografadas, dizendo: 'Se acalma, está tudo bem. Esse trabalho precisa ser feito, vai confortar as pessoas, vocês estão acalmando as pessoas.", disse.

Torloni acrescentou que, embora não respondesse às cartas, dedicava-se a orações.

Borboleta apareceu durante cena de cremação

Bazilio Calazans/Globo
Lucinha Lins em A Viagem, 1994 - Bazilio Calazans/Globo

Lucinha Lins e Christiane Torloni deram vida às irmãs Estela e Diná, que possuíam uma forte conexão, chegando a ter uma relação telepática.

Em uma live durante a pandemia de covid-19, as atrizes recordaram um momento marcante das gravações: a cena da cremação de Guilherme, irmão de Diná.

À época da exibição original da novela, Christiane residia em Portugal, após o falecimento trágico de um de seus filhos em 1991.

"Eu estava vivendo fora do país, numa espécie de retiro, porque meu filho tinha morrido há muito pouco tempo. Fui apresentada à doutrina espírita nessa época [...]. Então, 'A Viagem' começou para mim antes. Eu voltei para o Brasil pelo caminho do espiritismo, pois foi a novela que me trouxe", explicou na transmissão. "Quando o personagem do Guilherme morre, e ele é quase um filho dela, e tem a cena da cremação, aquilo foi muito difícil para mim", contou a artista.

Acervo/Globo
Guilherme Fontes em A Viagem, 1994 - Acervo/Globo

"Aconteceu uma coisa linda naquela cena: apareceu uma borboleta. Estávamos em um estúdio, um lugar muito frio e fechado. Uma borboleta muito pequenina e amarelinha pousou no caixão, exatamente em frente à Diná, e tivemos que parar a cena. A borboleta voltou umas duas ou três vezes e vinha para ela. Emocionou a todos. Era como uma luz, uma proteção para Christiane naquela cena", disse Lucinha Lins.

Tags

Autor