Engenharia de Prompt: a habilidade que pode turbinar seu salário e transformar sua carreira com IA
Especialistas e profissionais revelam como dominar o diálogo com a IA está transformando não só o jeito de trabalhar, mas também o saldo na conta

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Esqueça capacetes, cálculos estruturais e obras em construção. A chamada engenharia de prompt não tem nada a ver com concreto e tijolo, mas pode render um salário digno de engenheiro sênior: até R$ 18 mil por mês.
Trata-se de uma nova competência emergente na era da Inteligência Artificial, cada vez mais valorizada em setores como direito, marketing, design, publicidade, tecnologia e comunicação. A promessa? Economia de tempo, ganho de produtividade e um salto no rendimento profissional.
O que é, afinal, engenharia de prompt?
É a habilidade de criar comandos estratégicos e bem elaborados para extrair o melhor das ferramentas de IA, como o ChatGPT, Claude, Gemini ou Perplexity. É saber conversar com a máquina de forma clara, eficiente e orientada por objetivos.
Quem explica é o professor e consultor de tecnologias emergentes Ronaldo Gazel: “Engenharia de prompt não é um cargo, mas uma forma de pensar. Não somos mais os pedreiros do processo. A IA faz o trabalho braçal. Nós nos tornamos curadores, direcionando a inteligência artificial com intenção, clareza e contexto.”
Um exemplo prático e lucrativo:
O advogado Luiz Eduardo Ganin, de São Paulo, viu na IA uma aliada poderosa no dia a dia do escritório. Ele fez um curso de extensão no fim do ano passado e logo notou a diferença:
“Hoje eu peço para o ChatGPT revisar contratos e destacar possíveis cláusulas abusivas. Antes, eu levava horas fazendo isso linha por linha. Agora tenho um raio-X inicial, faço a checagem final e pronto.”
O resultado? Redução de carga de trabalho e aumento de salário, cerca de 30% a mais.
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Um diferencial que vale ouro
Embora ainda não exista um curso superior reconhecido pelo MEC com o nome "engenharia de prompt", universidades e empresas já enxergam a habilidade como um novo tipo de letramento digital essencial.
Na PUC Minas, por exemplo, a pós-graduação em Comunicação e Inteligência Artificial já trabalha a competência de forma transversal, como conta o coordenador Luiz Lana:
“A ideia não é formar engenheiros de prompt com diploma, mas sim profissionais de diversas áreas que saibam se comunicar com a IA de maneira eficiente. É uma habilidade tão importante quanto saber escrever bem um e-mail.”
O mercado está atento
Para o professor Álvaro Barros, do IBMEC, que também é autor de e-books sobre IA, dominar prompts é mais do que uma questão técnica, é uma vantagem estratégica:
“Um prompt mal formulado pode gerar respostas erradas ou enganosas. Saber perguntar direito é uma forma de prevenir erros, melhorar resultados e, claro, destacar-se no mercado.”
Segundo ele, empresas já percebem que profissionais com essa habilidade são mais produtivos, assertivos e valiosos. A tendência é clara: quem domina o uso da IA terá mais espaço e protagonismo nos próximos anos.
O futuro não é sobre humanos versus máquinas, é sobre quem sabe usá-las
Em um cenário em que a inteligência artificial se torna parte cada vez mais presente do cotidiano profissional, a verdadeira disputa talvez não seja entre pessoas e robôs. Mas entre quem aprendeu a usar IA com inteligência, e quem ainda está tentando entender por onde começar.