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'Elio': Nova animação da Pixar mistura ficção científica e emoção em uma jornada sobre pertencimento

Acaba de chegar aos cinemas brasileiros o mais novo filme da Pixar, "Elio", uma ficção científica que vai muito além da estética intergaláctica

Cadastrado por

Bruna Oliveira

Publicado em 21/06/2025 às 8:56
Novo filme da Pixar já está disponível nos cinemas espalhados pelo Brasil - Divulgação

Acaba de chegar aos cinemas brasileiros o mais novo filme da Pixar, “Elio”, uma ficção científica que vai muito além da estética intergaláctica e dos personagens alienígenas.

A animação, dirigida por Domee Shi (Red: Crescer é uma Fera) e Madeline Sharafian, propõe uma delicada e emocionante jornada sobre pertencimento, luto e as conexões invisíveis que nos unem — mesmo nos cantos mais distantes do universo.

Apesar da atmosfera futurista, o que move “Elio” é a humanidade.

A história gira em torno de um garoto solitário e criativo que, ao ser “abduzido por engano”, acaba representando a Terra em um conselho de espécies cósmicas.

Sem superpoderes ou habilidades especiais, ele precisa encontrar seu lugar entre seres de outros planetas — ao mesmo tempo em que lida com o vazio emocional deixado pela ausência do pai e com a sensação de não se encaixar no próprio mundo.

Saúde emocional

Em entrevista ao SBT News, as criadoras revelaram que temas como solidão, empatia e saúde emocional foram tratados com cuidado desde o início do projeto.

A equipe, inclusive, consultou psicólogos e especialistas, como o ex-cirurgião-geral dos EUA Vivek Murthy, para retratar de forma honesta os sentimentos do protagonista.

“Elio é aquele garoto que se sente deslocado na Terra e acha que talvez seja melhor ser levado embora”, diz a produtora Mary Alice Drumm.

“Mas, ao longo da história, ele aprende que abrir seu coração pode transformar completamente a forma como ele vê o mundo — e a si mesmo.”

Humor não fica de fora da narrativa

Como de costume nas produções da Pixar, a sensibilidade se mistura ao humor.

Uma das cenas favoritas da equipe envolve Glordon, um alienígena gigante e gentil que protege Elio escondendo-o… dentro da própria boca.

“É engraçado, mas ao mesmo tempo representa confiança, cuidado e amizade verdadeira”, explicam as diretoras.

E há espaço também para o inusitado. Uma subtrama surpreendente apresenta um clone de Elio vivendo com sua excêntrica Tia Olga na Terra, em uma homenagem aos clássicos da ficção científica e do terror — com direito a sustos leves e bom humor.

Estética

Visualmente, “Elio” aposta em uma estética única, inspirada em formas orgânicas e criaturas das profundezas marinhas. “Queríamos criar uma versão do espaço como nunca tínhamos visto antes: algo fluido, quase vivo”, conta Sharafian.

O resultado é um universo colorido, abstrato e imersivo, que serve como pano de fundo para temas profundamente humanos.

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