Dia do Cinema Brasileiro: 14 filmes baseados em livros e clássicos da literatura brasileira

Adaptações para o cinema são uma forma de relembrar ou criar o interesse por obras literárias. Comemore o Dia do Cinema Brasileiro da melhor forma

Publicado em 17/06/2025 às 17:38
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O Dia do Cinema Brasileiro é comemorado na próxima quinta-feira, dia 19 de junho. A data celebra as primeiras imagens realizadas no País, em 1898, na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, pelo italiano radicado no Brasil, Afonso Segreto.

A bordo do navio Brésil, ele voltava da França, onde tinha concluído curso sobre a operação do cinematógrafo – aparelho que projetava cenas animadas por meio de fotografias.

Desde então, o cinema produzido no Brasil oferece ao público muitas produções que marcaram época, retratando a cultura e costumes do povo. Entre elas, diversos clássicos da literatura foram adaptados para a telona.

Assistir essas obras audiovisuais pode ser uma excelente forma para que estudantes se apropriem das histórias de grandes escritores nacionais, seja relembrando os enredos ou criando o gosto por essas leituras.

14 filmes inspirados em obras literárias brasileiras

1. A hora da estrela

Direção: Suzana Amaral, 1985. Classificação Indicativa: 12 anos.

Macabéa, uma migrante nordestina semianalfabeta, trabalha como datilógrafa em São Paulo. Certo dia, conhece o metalúrgico Olímpico e os dois iniciam um casto e desajeitado namoro. Inspirado no romance de Clarice Lispector, um dos mais lembrados e elogiados da escritora.

2. Ainda estou aqui

Direção: Walter Salles, 2024. Classificação indicativa: 14 Anos.

Eunice Paiva é forçada a se reinventar quando sua família sofre um ato violento do estado brasileiro. É inspirado na história real da família do ex-deputado Rubens Paiva - assassinado pelo regime militar – que virou livro pelo filho e escritor Marcelo Rubens Paiva. Foi o primeiro filme brasileiro vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional.

3. Capitães da Areia

Direção: Cecília Amado, 2011. Classificação indicativa: 14 anos.

Pedro Bala, Professor, Gato, Sem-Pernas, Boa Vida e Dora são personagens imortais de Jorge Amado e um grupo de crianças abandonadas por suas famílias, obrigadas a lutar pela sobrevivência nas ruas de Salvador, Bahia. Inspirado no livro de mesmo nome do escritor baiano.

4. Cidade de Deus

Direção: Fernando Meirelles, 2002. Classificação indicativa: 16 anos.

Buscapé, um jovem que foi criado em uma favela do Rio de Janeiro, usa a paixão pela fotografia para registrar a vida no morro e escapar do mundo do crime. Inspirado no romance de Paulo Lins, é um dos filmes brasileiros mais conhecidos no exterior.

5. Dona Flor e Seus Dois Maridos

Direção: Pedro Vasconcelos, 2017. Classificação indicativa: 16 anos.

Neste remake do filme clássico de 1976 dirigido por Bruno Barreto, a viúva Dona Flor se casa com um homem metódico, mas a saudade do falecido Vadinho é tanta que o fantasma do malandro aparece para viver com o casal. Filme inspirado na obra de Jorge Amado.

6. Inocência

Direção: Walter Lima Jr., 1983. Classificação indicativa: 12 anos.

No Brasil imperial, um médico itinerante conhece uma moça com malária por quem se apaixona, sendo correspondido. Entretanto, o pai da jovem a prometeu para um rico fazendeiro. Inspirado no romance regionalista do escritor Alfredo Maria Adriano d'Escragnolle Taunay, o Visconde de Taunay.

7. Macunaíma

Direção: Joaquim Pedro de Andrade, 1969. Classificação indicativa: 12 anos.

Nascido na Amazônia, um menino negro cresce habituado a malandragens. Certo dia, chega a São Paulo, onde, já adulto e branco, mostra ser um herói preguiçoso e sem caráter. Inspirada em uma das obras mais importantes do modernismo brasileiro, de Mário de Andrade.

8. Memórias do Cárcere

Direção: Nelson Pereira dos Santos, 1984. Classificação indicativa: 14 anos.

Baseado no romance de Graciliano Ramos. A história mostra a violenta repressão política do governo de Getúlio Vargas e a perseguição a opositores, dentre eles o próprio escritor.

9. Memórias Póstumas de Brás Cubas

Direção: André Klotzel, 2001. Classificação indicativa: 14 anos.

Após ter morrido, Brás Cubas decide por narrar sua história e revisitar os fatos mais importantes de sua vida, a fim de se distrair na eternidade. A partir de então ele relembra amigos, amores e o privilégio de nunca ter precisado trabalhar em vida. Inspirado na obra prima de Machado de Assis.

10. Meu Pé de Laranja Lima

Direção: Marcos Bernstein, 2013. Classificação indicativa: 10 anos.

Zezé é um garoto de oito anos e de bom coração, que tem o costume de ter longas conversas com um pé de laranja lima que fica no quintal de sua casa. Até que um dia conhece um senhor que passa a ajudá-lo e logo se torna seu melhor amigo. Inspirado em um dos romances infantojuvenis mais conhecidos da nossa literatura, escrito por José Mauro de Vasconcelos.

11. Morte e Vida Severina

Direção: Walter Avancini, 1981. Classificação indicativa: 16 anos.

O especial produzido pela TV Globo conta, através de uma narrativa poética, a trajetória de um homem que migra da estéril caatinga para a cidade. Inspirado no poema do escritor João Cabral de Melo Neto, com músicas compostas por Chico Buarque, e conquistou o Emmy Internacional.

12. O auto da compadecida

Direção: Guel Arraes, 2000. Classificação indicativa: 12 anos.

João Grilo, um sertanejo pobre e mentiroso, e Chicó, o mais covarde dos homens, lutam pelo pão de cada dia e enganam a todos do pequeno vilarejo de Taperoá, no sertão da Paraíba. Baseado na peça teatral de Ariano Suassuna.

13. O tempo e o vento

Diretor: Jayme Monjardim, 2013. Classificação indicativa: 14 anos.

Amores, perdas, mudanças. A saga de duas famílias inimigas ao longo de 150 anos de história no sul do Brasil. Baseado na série literária de romances históricos do escritor brasileiro Erico Verissimo, que conta a história do Rio Grande do Sul.

14. Vidas secas

Diretor: Nelson Pereira dos Santos, 1963. Classificação indicativa: 14 anos.

No árido sertão nordestino, uma família de retirantes luta pela sobrevivência em meio a injustiças sociais, corrupção e seca contínua. Baseado no livro homônimo de Graciliano Ramos.

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