"Nem Toda História de Amor Acaba em Morte" leva prêmio de melhor filme e melhor ator no Cine-PE
Produção paranaense recebeu o Troféu Calunga de Melhor Filme na escolha do público e Octavio Camargo recebeu de Melhor Ator no júri técnico

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O filme “Nem Toda História de Amor Acaba em Morte”, conduzido pelo diretor curitibano Bruno Costa, responsável pelo premiado “Mirador” e co-diretor da série “Cidade de Deus - A Luta Não Para”, da HBO Max, foi contemplado na noite do último domingo (15) com o Troféu Calunga, durante o CINE - PE.
Em cerimônia no Cinema do Teatro do Parque, em Recife, a produção levou a premiação nas categorias de Melhor Longa-Metragem na votação no júri popular, e de Melhor Ator, para Octávio Camargo, que interpreta o personagem “Miguel”.
A produção, que teve sua primeira exibição durante o festival pernambucano, é uma comédia romântica que abre espaço para a representatividade da comunidade surda dentro e fora da tela, sendo o primeiro filme nacional protagonizado por uma atriz surda.
Na história, Sol, vivida pela atriz Chiris Gomes, é uma professora de meia-idade que se vê infeliz com seu casamento e sua vida em geral. Ela comunica ao então marido, Miguel (Octávio Camargo), que a relação acabou.
Eles seguem morando juntos na mesma residência, porém em quartos diferentes, até que as coisas se encaminhem para cada um. Sol conhece Lola, interpretada por Gabriela Grigolom, mãe de uma de suas alunas, a pequena Maya (Sophia Grigolom), criando uma conexão única logo de início. Lola é uma jovem negra e surda, que se comunica por meio da língua de sinais e luta para manter sua companhia de teatro ativa.
Por sua vez, Sol, que tinha um irmão surdo, é uma das poucas pessoas da instituição que se comunica facilmente com Lola, criando um relacionamento que vai além dos muros da escola. Lola passa a frequentar a casa de Sol, criando uma inusitada convivência com o ex-casal, em que eles terão que aprender a se respeitar e superar o orgulho individual.
“Esta foi nossa primeira exibição e já saímos como o melhor filme para o público em um festival tão importante para o audiovisual brasileiro. Dirigimos, produzimos, escrevemos e atuamos sempre pensando no público e esta premiação é muito significativa para cada um de nós, principalmente para a comunidade surda. ‘Nem Toda História de Amor Acaba em Morte’ é um marco para o cinema brasileiro com a primeira protagonista surda e essa receptividade extraordinária no CINE-PE é uma largada muito importante para a produção e para a inclusão no audiovisual nacional”, comenta o diretor Bruno Costa.
Para o ator Octávio Camargo, que interpreta o personagem “Miguel” e ainda é responsável pela trilha sonora do filme, o Troféu Calunga de Melhor Ator pelo júri técnico se torna ainda mais importante pela narrativa e pelo contexto social do longa.
“Divido esse prêmio com todo o elenco, não só pelo ineditismo, mas também por todas as questões que envolveram a produção. Receber um Troféu Calunga é uma honra e um marco para minha carreira. Estou muito feliz pela oportunidade na produção”, comenta.
Após o Cine-PE, “Nem Toda História de Amor Acaba em Morte” ainda passa pela 14ª edição do Olhar de Cinema - Festival Internacional de Curitiba, dentro da Mostra Exibições Especiais, um espaço dedicado a obras inéditas no Brasil de grandes nomes do cinema mundial, assim como filmes brasileiros incontornáveis da última temporada que estrearam em outros eventos. O longa também passa pelo Festival Rio LGBTQIA+ e Acessa BH.
"Nem Toda História de Amor Acaba em Morte" chega aos cinemas em 2026, com distribuição da Elo Studios. Mais informações pelo perfil oficial no Instagram (@nemtodahistoria) e pelo site oficial da Beija Flor Filmes: https://beijaflorfilmes.com/.
Beija Flor Filmes e a fomentação de um cinema nacional de responsabilidade social
"Nem Toda História de Amor Acaba em Morte" é um lançamento da Beija Flor Filmes, comandada por Gil Baroni e Andréa Tomeleri, produtora que há 20 anos atua como um catalisador de mudanças, buscando humanizar narrativas culturalmente marginalizadas, dando voz e espaço para histórias autênticas da comunidade LGBTQIA+ e para todos os grupos sub-representados.
Responsável por títulos como “Casa Izabel”, “Alice Júnior” e “Alice Júnior - Férias de Verão”, a Beija Flor Filmes promove a contação de histórias com o compromisso de iluminar novos caminhos por meio das lentes da autenticidade e da inclusão.