O Agente Secreto: quando estreia no Brasil?
Filme sobre a ditadura militar rende a Kléber Mendonça Filho o prêmio de Melhor Diretor e consagra Wagner Moura como Melhor Ator no Festival de Cannes

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O cinema brasileiro voltou a brilhar em Cannes. O Agente Secreto, novo longa do diretor pernambucano Kléber Mendonça Filho, conquistou dois dos principais prêmios do Festival no último sábado (25): Melhor Direção para Kléber e Melhor Ator para Wagner Moura.
A estreia do filme no Brasil está prevista para o segundo semestre de 2025, segundo informações da BBC.
A produção também foi eleita o melhor filme do festival pela Fipresci — Federação Internacional da Imprensa Cinematográfica, uma das mais respeitadas associações de críticos de cinema do mundo.
Além disso, recebeu o Prix des Cinémas Art et Essai, concedido pela Associação Francesa de Cinemas de Arte e Ensaio. O júri dessa categoria foi presidido pela atriz francesa Juliette Binoche.
Esta é a quinta vez que Kléber Mendonça Filho participa do Festival de Cannes. Em 2019, ele já havia sido premiado com o Prêmio do Júri por Bacurau, codirigido com Juliano Dornelles.
Antes disso, seus filmes O Som ao Redor, Aquarius e Retratos Fantasmas também passaram pelo festival, consolidando sua presença no circuito internacional. Agora, pela primeira vez, ele conquista o troféu de Melhor Diretor, um reconhecimento inédito na carreira e para o cinema brasileiro contemporâneo.
Elenco de peso
A produção reúne um elenco de grandes nomes do cinema nacional. Além de Wagner Moura, aclamado por sua performance, o filme conta com Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Carlos Francisco, Alice Carvalho, Roberto Diogenes e Hermila Guedes.
A trama densa, aliada a atuações marcantes e à direção precisa de Kléber, rendeu elogios da crítica internacional e empolgou o público presente no festival.
Com a vitória em Cannes, O Agente Secreto reforça a força criativa do cinema brasileiro e renova o prestígio de Kléber Mendonça Filho como um dos diretores mais importantes da atualidade.
A expectativa agora é pela estreia no Brasil, onde o filme promete provocar reflexões e reacender o debate sobre a memória política do país.