Lia de Itamaracá e Daúde se encontram na Virada Cultural de São Paulo em show com cirandas, cocos e mais
Apresentação de Lia e Daúde consolida projeto dueto das cantoras e antecipa disco que será lançado no segundo semestre do ano pelo Selo Sesc

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A cirandeira Lia de Itamaracá e a cantora e compositora Daúde já assinam um show dueto há cinco anos. Parceiras de trabalho em outros projetos, o próximo encontro delas com o público será na Virada Cultural de São Paulo. As artistas sobem ao palco da Praça da Sé na noite do dia 24.
O show de Lia e Daúde na Virada é o primeiro após a gravação do novo álbum, ainda sem nome definido. O disco foi gravado em abril sob a produção de Marcus Preto e Pupillo, dupla que já assinou trabalhos de Gal Costa, Erasmo Carlos, Nando Reis, Alaíde Costa, entre outros.
O show da Virada Cultural traz no repertório as tradicionais cirandas e cocos que acompanham as turnês das cantoras. De Lia, há canções como "Minha Ciranda", "Preta Cirandeira", "Quem me deu foi Lia", entre outras, além de execuções do repertório da turnê Ciranda Sem Fim, nome também do último álbum da cirandeira. Entre elas, destaca-se "Falta de Silêncio", "Meu São Jorge", "Desde Menina", "Peixe Mulher", "Bom dia Meu Amor" e "Relógio", além de "Mar de Fogo", faixa que ganhou videoclipe.
Já a bela “Dorme Pretinho” é uma adaptação da canção “Duerme Negrito”, de Mercedes Sosa, que trata de uma situação muito semelhante envolvendo mães negras que precisam se separar de seus filhos para irem trabalhar. Segundo Lia, remete muito às suas origens. “Essa música é de uma emoção só porque lembra muito minha mãe Matilde. Tantas vezes ela precisou tirar do mar o sustento dos filhos”, lembra.
No show desse encontro, Daúde tem espaço também para um set próprio e passeia pelos cinco álbuns de uma carreira que ganhou notoriedade em 1997. Como não lembrar de “Pata Pata”, sucesso na voz da cantora na década de 90? A lista ainda inclui “Benguelê” e “As Três Meninas”.
Juntas, Lia e Daúde ainda farão um set dedicado aos cocos de roda, em uma homenagem à pernambucana Selma do Coco, uma das referências da dança e da música do coco de roda no Brasil. O momento do show reúne músicas como “Moreninha do Dente de Ouro”, “Areia”, “A Dança do Papangu”, entre outros carimbós e maracatus.