Exposição "O que restou do tempo" apresenta obras que exploram memórias e esquecimento no Recife

Artista recifense Ícaro Galvão apresenta trabalhos que exploram memórias e esquecimento a partir de fotografias antigas no centro do Recife

Publicado em 21/05/2025 às 21:38
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Ao entrelaçar antigas fotografias recortadas, mesclando linhas e outros materiais, o artista visual Ícaro Galvão cria trabalhos únicos que remetem o olhar para a dimensão das memórias. Na exposição "O que restou do tempo", que abre dia 24 de maio, às 15h, no primeiro piso da Arte Plural Galeria (APG), no Centro do Recife, ele vai além, assinalando os muitos significados para o que chamamos esquecimento.

São cerca de 20 obras, utilizando técnicas diversas, tendo como base fotografias antigas, de acervos pessoais do século passado, adquiridas em lojas de antiguidades, leilões ou mesmo em sebos. Na composição dos trabalhos, corta, recorta ou rasga as imagens, transformando esse material em insumo para a criação de seus trabalhos. “O ato de cortar e rasgar alude muito ao esquecimento, enquanto a tecelagem cria uma espécie de trama de memórias, interliga todos esses fragmentos”, explica Ícaro.

Em outras obras, ele utiliza impressão em cianotipia – técnica histórica da fotografia, que de forma artesanal produz imagens utilizando químicos e a luz solar – sempre incorporando novos elementos – como pregos, madeira de reaproveitamento, todos escolhidos por sua importância na relação com o tempo.

Em alguns trabalhos explora, ainda, montagens feitas a partir de uma mesma imagem – cartema – aproveitando a repetição para, mais uma vez, expressar sua visão sobre memórias e esquecimento.

Ícaro Galvão é um artista recifense, bacharel em Fotografia pelo Centro Universitário AESO-Barros Melo (2019). Antes mesmo de sua formação acadêmica começou a experimentar a fotografia analógica, trilhando um caminho experimental que possibilitou ampliar seu olhar para novos diálogos. Em 2024, realizou sua primeira exposição individual - “A Fina Linha Vermelha da Rememoração” - na Casa de Câmara e Cadeia de Brejo da Madre de Deus, mediante projeto aprovado em edital do Governo do Estado de Pernambuco.

Em paralelo – A exposição “O que restou do tempo” tem curadoria de Joana D’Arc Lima, vai até 25 de julho e acontece em paralelo com a mostra "DE TANTO OLHAR VI", do artista Rinaldo Silva, em cartaz no térreo da APG. A APG fica na Rua da Moeda, 140 – no Bairro do Recife e funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, e aos sábados, das 14h às 18h.

Serviço

Exposição: "O que restou do tempo", de Ícaro Galvão
Onde: Arte Plural Galeria (Rua da Moeda, 140 – Recife Antigo)
Quando: sábado, 24 de maio, às 15h
Visitação do público: de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, e aos sábados, das 14h às 18h
Entrada: franca
Instagram: @arte_plural_galeria | @icaroga

 

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