Livro "Maria Gargalhada" incentiva crianças a manter o bom humor sem perder as amizades

Rir em grupo aproxima, promove empatia e estimula o afeto. Crianças à vontade para gargalhar se sentem mais seguras emocionalmente.

Mas, o que acontece quando as piadas deixam de divertir e magoam?

No livro Maria Gargalhada, os autores Dulce Seabra e Sérgio Maciel utilizam a narrativa de uma menina de riso frouxo para estimular um convívio alegre e divertido entre as crianças, sem abdicar do respeito.

Na obra publicada pela Cortez Editora, Maria é uma menina alegre e esperta, que ganhou o apelido de “Gargalhada” por sempre rir de erros e tropeços de amigos e colegas.

A garota bem-humorada não percebe, mas suas risadas nem sempre são bem-vindas. Tudo muda no dia em que a trapalhada é feita pela própria Maria, que se surpreende com as reações das pessoas ao seu redor.

“Já na sala, durante a aula, a Ana Clara falou um erro à toa.
A Gargalhada nem pensou, apontou e começou a dar risada.
Mas logo parou, assustada.” (Maria Gargalhada, p. 19)

Com leveza e uma linguagem simples e direta, a obra incentiva crianças a refletirem sobre as consequências de suas ações, e a entenderem erros não como motivo de vergonha, mas parte do dia a dia.

A história de Maria também permite o desenvolvimento de sensibilidade nos leitores mais jovens, e encoraja a valorização das emoções e dores dos outros.

O livro conta com ilustrações do desenhista gráfico e ilustrador Marcos Antonio Godoy, que reforçam o tom lúdico e acolhedor.

Alinhados com a narrativa, os desenhos permitem que o leitor acompanhe o desenvolvimento emocional de Maria e seus colegas.

Autores de outros títulos infantojuvenis como ABC dos Direitos Humanos e Curumim Abaré imitando os animais, Dulce Seabra e Sérgio Maciel constroem uma história que provoca reflexões importantes para o desenvolvimento socioemocional das crianças.

Divertido e lúdico, Maria Gargalhada é um livro que estimula a empatia, o bom convívio e a valorizações das singularidades desde cedo.