Decidir morar junto é um passo significativo em qualquer relacionamento, marcando uma nova fase de intimidade e compartilhamento.
Para muitos casais, essa decisão precede ou até mesmo substitui o casamento tradicional.
Se vocês estão prestes a dividir o mesmo teto sem planos imediatos de oficializar a união no cartório, algumas precauções e conversas são cruciais para garantir uma convivência harmoniosa e proteger os interesses de ambos.
Confira 5 coisas que você deve fazer antes de juntar as escovas de dente sem um “sim” formal:
1. Conversem abertamente sobre expectativas e finanças:
Este é, sem dúvida, o ponto de partida mais importante. Discutam abertamente sobre como imaginam a vida a dois, suas expectativas em relação às tarefas domésticas, privacidade, vida social e, principalmente, finanças.
Definam como as despesas serão divididas (aluguel/hipoteca, contas, supermercado, lazer), quem será responsável pelo quê e como lidarão com imprevistos.
Colocar tudo “no papel” (mesmo que informalmente) pode evitar futuros desentendimentos e garantir transparência.
2. Estabeleçam regras de convivência (Flexíveis, Claro!):
Embora a espontaneidade seja parte da graça de morar junto, ter algumas “regras” básicas pode facilitar o dia a dia.
Conversem sobre horários, organização dos espaços, como lidar com visitas, momentos de individualidade e até mesmo sobre a frequência e divisão das tarefas domésticas.
Lembrem-se que essas regras podem evoluir com o tempo, conforme vocês se conhecem melhor na rotina.
3. Formalizem um contrato de convivência (União Estável):
Mesmo sem o casamento formal, a lei brasileira reconhece a união estável como uma entidade familiar.
Para proteger os direitos de ambos em caso de separação ou falecimento, é altamente recomendável formalizar um contrato de convivência por meio de um cartório de notas.
Esse documento pode estabelecer questões patrimoniais (como a divisão de bens adquiridos durante a união), pensão alimentícia (em caso de dissolução) e outros aspectos legais importantes.
4. Mantenham suas individualidades e espaços:
Morar junto não significa se fundir em uma única entidade.
É fundamental que cada um preserve sua individualidade, seus hobbies, seus amigos e seus momentos de privacidade.
Respeitem o espaço pessoal um do outro e incentivem atividades individuais fora do relacionamento. Essa autonomia contribui para um relacionamento mais saudável e duradouro.
5. Conversem sobre o futuro (Incluindo o Casamento, se for o Caso):
Embora o casamento não seja o objetivo imediato, é importante ter uma conversa honesta sobre como cada um enxerga o futuro do relacionamento.
Se o casamento é uma possibilidade em algum momento, alinhem expectativas e conversem sobre prazos (mesmo que vagos).
Se o casamento não consta nos planos, deixem isso claro para evitar mal-entendidos e garantir que ambos estejam na mesma página em relação ao futuro da união.
Morar junto sem casar é uma escolha válida e cada vez mais comum.
Ao abordar esses cinco pontos essenciais com diálogo aberto, planejamento e respeito mútuo, vocês estarão construindo uma base sólida para uma convivência feliz e protegendo o futuro da união, independentemente de um “sim” formal no cartório.