10 melhores filmes da história, segundo Kleber Mendonça Filho
Os 10 filmes escolhidos por Kleber Mendonça Filho na lista da Sight and Sound, que revelam suas influências e paixões no universo do cinema

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Na última terça-feira (13), teve início a 78ª edição do Festival de Cannes, na França, um dos mais prestigiados encontros do cinema mundial.
O evento vai até o dia 24 de maio e promete uma programação diversa, incluindo uma homenagem ao lendário ator Robert De Niro, a aguardada estreia do novo Missão: Impossível e uma participação de destaque do Brasil.
Após conquistar o Oscar de Melhor Filme Internacional, o Brasil chega a Cannes em alta. O país será representado por longas e curtas em diferentes seções do festival e também prestará uma homenagem especial ao cineasta Cacá Diegues, falecido em fevereiro.
Além disso, o Brasil será o convidado de honra da Marché du Film, espaço voltado ao mercado audiovisual, onde são fechados acordos de distribuição e financiamento.
Um dos grandes destaques da competição principal, que reúne 22 produções em busca da cobiçada Palma de Ouro, é o brasileiro O Agente Secreto.
Estrelado por Wagner Moura e dirigido por Kleber Mendonça Filho, o longa é apontado como um dos mais esperados do festival. Kleber, que ganhou notoriedade em Cannes com Bacurau (Prêmio do Júri em 2019), retorna ao evento com força total.
Conforme o site do British Film Institute, o diretor escolheu os 10 melhores filmes da história!
Confira os filmes selecionados por Kleber Mendonça Filho
Cabra Marcado Para Morrer (1984)
Onde assistir: Claro TV+, Prime Video Channels e YouTube
Obra-prima de Eduardo Coutinho, iniciada em 1964 e interrompida pela ditadura militar. Retomada 17 anos depois, o documentário narra a trajetória de um líder camponês assassinado na Paraíba.
Vá e Veja (1985)
Onde assistir: YouTube
Dirigido por Elem Klimov, retrata a ocupação nazista na Bielorrússia sob a ótica de um menino. Um dos mais impactantes filmes sobre guerra já realizados.
Mad Max 2 – A Caçada Continua (1981)
Onde assistir: Max, Apple TV+
Continuação do clássico de George Miller, com Mel Gibson no papel de Max. A ação intensa num mundo pós-apocalíptico garantiu seu lugar entre os maiores filmes do gênero.
Pixote, a Lei do Mais Fraco (1980)
Onde assistir: Netflix, Globoplay e Reserva Imovision
Hector Babenco dirigiu este retrato da infância marginalizada no Brasil. A atuação do jovem Fernando Ramos da Silva e a performance de Marília Pêra marcaram a crítica internacional.
Jeanne Dielman, 23 Quai du Commerce, 1080 Bruxelles (1975)
Onde assistir: Filmicca
Dirigido por Chantal Akerman, este retrato minucioso do cotidiano de uma viúva belga ganhou o topo da lista de críticos da Sight and Sound em 2022 — um feito inédito para um filme dirigido por uma mulher.
La Jetée (1962)
Onde assistir: Mubi, Prime Video Channels e Dailymotion
Curta-metragem experimental de Chris Marker, feito com fotografias em preto e branco. Um marco da ficção científica que inspirou Os 12 Macacos, de Terry Gilliam.
Fitzcarraldo (1982)
Onde assistir: Oldflix, Plex
A jornada quase impossível de um homem determinado a construir uma casa de ópera na floresta amazônica. Dirigido por Werner Herzog, o filme enfrentou vários perrengues nas filmagens e se tornou lendário nos bastidores.
“Um filme que alterou minha mente quando eu tinha 15 anos e que não mudou nada em todos esses anos. É único”, disse Kleber ao BFI.
O Pântano (2001)
Onde assistir: indisponível em plataformas
Longa de estreia da argentina Lucrecia Martel, mostra o cotidiano tenso de duas famílias no norte do país. Considerado um marco do cinema latino-americano.
Um Dia Quente de Verão (1991)
Onde assistir: indisponível em plataformas
Drama taiwanês de Edward Yang ambientado nos anos 1960. Baseado em um assassinato real, é uma reflexão densa sobre juventude e violência num período de transformação histórica.
Dogville (2003)
Onde assistir: Mubi e Prime Video Channels
Lars von Trier usa um palco vazio e linhas no chão para contar a história de uma cidade fictícia durante a Grande Depressão. Com Nicole Kidman no papel principal, é uma crítica feroz à hipocrisia e à moral americana.