Recife celebra a musicalidade dos pífanos com show grátis de Alexandre Rodrigues e Pife Urbano

Show gratuito do grupo Alexandre Rodrigues e Pife Urbano acontece no Recife no dia 16 de maio, às 17h, no Conservatório Pernambucano de Música.

Publicado em 13/05/2025 às 18:47
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O projeto musical Alexandre Rodrigues e Pife Urbano confirma show gratuito no Recife no próximo dia 16 de maio (sexta-feira), às 17:00, no Conservatório Pernambucano de Música (CPM). O endereço é Av. João de Barros, 594, Santo Amaro e a atividade acontecerá no estúdio do CPM, com mediação do professor Climério de Oliveira.

Alexandre Rodrigues e Pife Urbano foi criado pelo músico, educador e luthier pernambucano Alexandre Rodrigues, natural de Itapissuma, mas que atualmente vive em São Paulo. Ele almejava compor músicas instrumentais em uma formação inédita, com dois pífanos, tuba, guitarra, bateria e percussão, mantendo os pífanos como instrumentos protagonistas. Misturando elementos da música regional pernambucana e da música contemporânea, a banda também elabora melodias a partir do jazz e das bandas tradicionais de pífanos.

Crédito: Divulgação
Alexandre Rodrigues - Crédito: Divulgação

De acordo com Alexandre Rodrigues, seu processo criativo tem duas formas. “A primeira, é aquela composição que você sai ‘cantando’. O pife é um instrumento melódico, muitas melodias surgem comigo cantarolando e depois eu monto e organizo isso no arranjo. A outra forma de compor é quando eu paro, sento e componho algo específico, um frevo ou um maracatu, por exemplo. Eu fico naquilo o tempo que for preciso até chegar numa melodia bonita, sempre pensando na base, a partir da raíz dos ritmos. É importante trazer o conhecimento da tradição”, ele explica.

É certo dizer que a proposta maior de Alexandre Rodrigues e Pife Urbano é a criação de um ambiente experimental nas apresentações das composições, trazendo a conexão entre mundos musicais distintos. Para Alexandre Rodrigues, isso contribui para uma “dissociação estética dos modelos musicais que atualmente visitam o ‘hall da fama’ na indústria cultural musical”, ele aponta.

O repertório de Alexandre Rodrigues e o Pife Urbano traz alguns ritmos da cultura tradicional pernambucana como o caboclinho, maracatu, baião e frevo. Esta característica do grupo revela a intenção de trabalhar traços da música regional, contudo, sem fechar-se às influências advindas da músicas do mundo, caracterizando o casamento entre o tradicional e o moderno.

“Para a música não existem divisas e a manipulação dos códigos musicais é uma experiência de domínio universal. Eu criei esse projeto para falar desse instrumento, o pife, que é tão presente no sertão nordestino, mas que também me alcançou em Itapissuma, minha cidade natal e que fica mais próxima ao litoral pernambucano”, continua Alexandre.

“Eu estudei muito a tradição, tive contato com a cultura popular desde criança, conheci mestres e disso tudo o Pife Urbano acaba surgindo como uma experiência muito minha, a partir desses estudos. Quis trazer o pife, de um contexto rural, para o contexto urbano, mas sempre preservando a tradição”, ele conclui.

Além de Alexandre Rodrigues, o Pife Urbano é formado por Ângelo Lima (pife), Rafael Meira (guitarra), Pedro Castilho (tuba), Júnior Teles (percussão) e Sérgio Soares (bateria).

Sobre o show de Alexandre Rodrigues e o Pife Urbano:

Misturando elementos da música regional pernambucana e da música contemporânea, com influências do jazz e das bandas pífanos tradicionais, o Pife Urbano surgiu da iniciativa de Alexandre Rodrigues para compor músicas para formação inédita (dois pífanos, tuba, guitarra, bateria e percussão).

O repertório com as composições do grupo traz alguns ritmos da cultura tradicional pernambucana como o caboclinho, maracatu, baião e frevo, juntamente com as nítidas influências da música tradicional de pífano, música contemporânea e do jazz.

Esta característica do grupo Alexandre Rodrigues e Pife Urbano, mostra a intenção de trabalhar os elementos da música regional, contudo, sem fechar-se às influências advindas da músicas do mundo, caracterizando o casamento entre o tradicional e o moderno, fazendo assim compreender que para a música não existem divisas e que a manipulação dos códigos musicais é uma experiência de domínio universal.

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