Animação brasileira Nimuendajú é selecionada para o Festival de Cannes

Longa de Tania Anaya narra a história de Curt Nimuendajú, cientista social que testemunhou a perseguição e expulsão dos indígenas de suas terras

Publicado em 12/05/2025 às 17:09
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A animação Nimuendajú, de Tania Anaya, estará presente nos maiores festivais de cinema do mundo este ano.

Selecionado para a prestigiosa seção Contrechamp do Festival de Animação de Annecy 2025, o filme também terá uma exibição no Marché du Film, que acontece durante o 78º Festival de Cannes.

Distribuída no Brasil e na América Latina pela O2 Play, a produção é uma impactante cinebiografia em 2D e narra a história do alemão Curt Nimuendajú, que desembarcou no Brasil no início do século XX, e aqui viveu por 40 anos entre povos indígenas. Tornou-se, também, um dos maiores cientistas sociais do país.

Este é o primeiro longa-metragem da mineira Tania Anaya, que conta mais de 30 anos de atuação no audiovisual e tem no currículo curtas consagrados.

Algums são: Balançando Na Gangorra, premiado no 5º Festival Internacional de Animação do Japão - Hiroshima 1994, e Castelos De Vento, premiado com o Tatu de ouro na 25ª Jornada de Cinema Ibero-Americano da Bahia, em 1998 e ainda Ãgtux, documentário e animação, premiado em vários festivais, entre eles o de Oberhausen, na Alemanha, em 2007.

Divulgação
Cena da animação Nimuendajú - Divulgação

A inclusão de Nimuendajú no maior festival de animação do mundo marca um passo importante do longa brasileiro no cenário internacional.

"Annecy é o lugar perfeito e o nosso sonho com esse filme era estrear neste festival que há mais de 60 anos homenageia os melhores da animação internacional. Para outros filmes brasileiros, como O Menino e o Mundo, foi um evento super importante para manter uma campanha de premiações que chegou até o Oscar", comenta Igor Kupstas, diretor da O2 Play.

O ator alemão Peter Ketnath, que tem grande atuação em produções brasileiras, como Passaporte para a Liberdade e Cinema, Aspirinas e Urubus, dá voz a Nimuendajú, interpretando as intensas cartas que o personagem escreve à irmã na Alemanha, e ao amigo Carlos, relatando momentos críticos de sua trajetória pela terras indígenas.

O filme tem a participação das comunidades Apinayé, Canela Rankokamekra e Guarani.

Com produção de Anaya Produções Culturais e coprodução da peruana Estúdio Apus, o filme chega ao Brasil no segundo semestre deste ano.

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