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A Menina que Roubava Livros: Uma história inesquecível

A história de Liesel Meminger, a menina que roubava livros, ecoa como um testemunho da resiliência do espírito humano. Confira a seguir

Cadastrado por

Gabriella Zilma

Publicado em 12/05/2025 às 20:53
A imagem da obra "A Menina Que Roubava Livros" - Reprodução/Instagram

Em um cenário de horrores e incertezas da Segunda Guerra Mundial na Alemanha nazista, emerge uma história tocante e inesquecível: “A Menina que Roubava Livros”, do autor australiano Markus Zusak.

Narrado de uma perspectiva surpreendente e peculiar — a própria Morte — o livro nos apresenta a jornada de Liesel Meminger, uma jovem que encontra refúgio e significado nas páginas roubadas em meio ao caos.

Um começo doloroso e a descoberta de um tesouro

Acompanhamos Liesel a partir de um momento de profunda perda: a morte de seu irmão mais novo durante uma viagem de trem.

Sozinha com sua mãe a caminho de uma nova família, Liesel presencia o enterro do garoto e, em um ato impulsivo e talvez inconsciente, furta seu primeiro livro: “O Manual do Coveiro”.

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Mal sabia ela que esse pequeno furto seria o prenúncio de uma paixão avassaladora pelas palavras e o início de uma série de “empréstimos” não autorizados.

Ao chegar à Himmel Street, Liesel é entregue aos seus pais adotivos, Hans e Rosa Hubermann.

Hans, um pintor de paredes gentil e paciente, logo percebe o fascínio da menina pelos livros e, com infinita ternura e dedicação, ensina Liesel a ler, começando justamente pelo manual roubado.

As letras e as palavras se tornam um elo entre eles, um refúgio em um mundo cada vez mais hostil.

Roubando palavras, construindo laços

A necessidade de Liesel por livros cresce à medida que sua habilidade de leitura se aprimora.

Em meio à escassez e à censura do regime nazista, ela encontra maneiras engenhosas de “adquirir” novas histórias: de pilhas de livros queimados em praça pública a furtos arriscados da biblioteca particular da esposa do prefeito.

Cada livro roubado se torna um tesouro, uma janela para outros mundos e uma forma de dar sentido à realidade sombria que a cerca.

As palavras não somente alimentam a imaginação de Liesel, mas também a conectam com as pessoas ao seu redor.

Ela compartilha suas leituras com Rudy Steiner, seu melhor amigo de cabelos cor de limão e coração leal, com quem vive inúmeras aventuras e pequenos atos de rebeldia contra o regime.

As histórias também confortam Max Vandenburg, um judeu escondido no porão dos Hubermann, para quem Liesel lê em voz alta, pintando imagens vívidas em sua mente aprisionada.

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Uma perspectiva única

A escolha da morte da narradora confere à história uma perspectiva única e melancólica.

Ela observa Liesel com um misto de curiosidade e compaixão, comentando sobre a natureza humana, a beleza e a brutalidade da vida e da morte.

Sua voz onisciente nos lembra da fragilidade da existência em tempos de guerra, mas também da força do espírito humano e do poder transcendente das palavras.

Um legado de resiliência e humanidade

“A Menina que Roubava Livros” é muito mais do que uma história sobre roubar livros.

É uma poderosa reflexão sobre a importância da linguagem, da imaginação e da conexão humana em face da adversidade.

Através dos olhos de Liesel, testemunhamos a crueldade da guerra, a perda, o medo, mas também a coragem, a lealdade e a capacidade de encontrar beleza e esperança nos lugares mais inesperados.

O livro nos lembra que, mesmo nos momentos mais sombrios, as palavras conseguem consolar, de educar, de resistir e de nos conectar mutualmente.

A história de Liesel Meminger, a menina que roubava livros, ecoa como um testemunho da resiliência do espírito humano e da eterna importância de compartilhar histórias.

Se você ainda não se aventurou por essa narrativa emocionante e profunda, prepare-se para uma jornada literária que certamente deixará uma marca indelével em seu coração.

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