Habemus papam: Igreja Católica tem novo Papa

O novo representante da Igreja Católica foi eleito na tarde desta quinta-feira (8); veja quem foi e confira todos os detalhes sobre o conclave.

Publicado em 08/05/2025 às 13:13 | Atualizado em 08/05/2025 às 13:33
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Depois de quatro votações, o resultado do conclave, que teve início na última quarta-feira (7), foi revelado na tarde desta quinta-feira (8).

A fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina por volta das 13h (horário de Brasília), surpreendendo fiéis de todo o mundo com uma boa notícia.

Após 2 dias de isolamento dos cardeais eleitores, a Igreja Católica vive agora a expectativa de conhecer o nome do novo Sumo Pontífice. No entanto, sua identidade só será oficialmente revelada dentro de algumas horas.

Seguindo o protocolo do conclave, o cardeal eleito é conduzido à chamada “Sala das Lágrimas”, onde veste pela primeira vez a batina branca papal.

Em seguida, o cardeal decano pergunta em latim: "Quo nomine vis vocari?" – “Como queres ser chamado?”.

É então que o novo Papa escolhe o nome com o qual será conhecido durante seu pontificado.

Como funciona o Conclave?

O conclave consiste no processo de escolha do próximo papa, líder da Igreja Católica Romana. Embora qualquer católico batizado possa ser eleito Sumo Pontífice, esse cargo fica com um dos altos funcionários da igreja, os cardeais.

A eleição acontece entre os próprios cardeais, em isolamento na Capela Sistina. No primeiro dia do conclave, os cardeais se reúnem e prestam um juramento de sigilo e obediência.

A votação inicial pode acontecer no mesmo dia. A partir do segundo dia, são realizadas duas votações pela manhã e duas pela tarde. O processo se repete até que um seja eleito com dois terços de todos os votos.

Durante as votações, cada cardeal escreve o nome do seu candidato em cédulas de votação com as palavras Eligio in Summum Pontificem, que em latim significa "Eu elejo como Sumo Pontífice". Para manter o segredo, eles são orientados a não usarem sua caligrafia habitual.

No fim de cada votação, as cédulas são queimadas junto com uma tinta que produzirá uma fumaça branca, caso um papa tenha sido eleito, ou preto, caso a decisão ainda não tenha sido tomada. Essa fumaça é vista pela chaminé da capela Sistina.

Caso não haja votação até a sexta-feira, o sábado é reservado para oração e contemplação, sem votações. O processo segue normalmente no dia seguinte.

O conclave pode durar vários dias ou até semanas. Caso passe muito tempo sem definição, os cardeais podem decidir manter apenas os dois mais votados como candidatos possíveis, mas ainda é necessário obter dois terços dos votos.

Quantos cardeais participaram do conclave?

A eleição acontece entre os próprios cardeais, em isolamento na Capela Sistina. Ao todo, existem 252 cardeais no globo, mas somente aqueles com menos de 80 anos podem votar.

Há 135 cardeais aptos a elegerem o novo papa, contudo, como dois deles alegaram problemas de saúde, 133 participaram deste conclave.

Quanto tempo dura o conclave?

Não há data mínima ou máxima para a duração de um conclave. Já houve três conclaves que duraram mais de dois anos, entre os séculos 13 e 15. Contudo, os mais modernos costumam ser mais curtos.

Duração dos 10 últimos conclaves:

  • 2025: papa 2 dias; entre 7 e 8 de março
  • 2013: papa Francisco — 2 dias; entre 12 e 13 de março
  • 2005: papa Bento 16 — 2 dias; entre 18 e 19 de abril
  • 1978 (outubro): papa João Paulo 2º — 3 dias; entre 14 e 16 de outubro
  • 1978 (agosto): papa João Paulo 1º — 2 dias; entre 25 e 26 de agosto
  • 1963: papa Paulo 6º — 3 dias; entre 19 e 21 de junho
  • 1958: papa João 23 — 4 dias; entre 25 e 28 de outubro
  • 1939: papa Pio 12 — 2 dias; entre 1 e 2 de março
  • 1922: papa Pio 11 — 5 dias; entre 2 e 6 de fevereiro
  • 1914: papa Bento 15 — 4 dias; entre 31 de agosto e 3 de setembro

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