Por volta das 13h (horário de Brasília) desta quinta-feira (8), o mundo acompanhou a tradicional fumaça branca surgir da chaminé da Capela Sistina para anunciar que os cardeais haviam escolhido um novo papa: Robert Francis Prevost.
A decisão, que levou dois dias de conclave, pegou de surpresa os mais de 1 bilhão de fiéis da Igreja Católica, encerrando um período de expectativa e especulações sobre quem assumiria o comando da Santa Sé após a morte de Francisco.
Nascido em Chicago, nos Estados Unidos, o líder religioso tem 69 anos e tem grande parte de sua trajetória religiosa construída na América Latina, especialmente no Peru, onde ganhou notoriedade e enfrentou acusações de ter acobertado casos de abuso sexual.
Vítimas afirmaram abuso na infância
Em 2023, três mulheres acusaram o agora papa Leão XIV de ter acobertado dois padres que cometeram abusos sexuais quando as vítimas ainda eram crianças.
Na ocasião, as denúncias lançaram dúvidas sobre sua conduta diante de crimes ocorridos sob sua jurisdição episcopal.
De acordo com as denúncias, uma das vítimas chegou a telefonar para Prevost em 2020. Dois anos depois, ele recebeu formalmente os relatos e os encaminhou ao Vaticano.
Um dos padres foi afastado preventivamente, enquanto o outro já havia deixado as funções sacerdotais por motivos de saúde.
A Diocese de Chiclayo nega qualquer tentativa de acobertamento e afirma que Prevost seguiu todos os trâmites previstos pela legislação canônica. A investigação no Vaticano ainda está em curso.