Quando Citadel foi anunciada, a proposta era ambiciosa: criar uma franquia global de espionagem, com o selo da Amazon, capaz de rivalizar com produções como James Bond.
Para isso, a plataforma não economizou — investiu entre 250 e 300 milhões de dólares apenas na primeira temporada, o que fez da série uma das mais caras da história, atrás apenas de O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder.
Porém, segundo a jornalista Ana Pilato do AdoroCinema, antes mesmo da estreia, os bastidores já davam sinais de turbulência.
Divergências criativas levaram a inúmeras refilmagens e inflaram ainda mais o orçamento, comprometendo não só o cronograma, mas também o tom do projeto.
A ideia era ousada: Citadel funcionaria como o ponto de partida de um universo interconectado, com spin-offs ambientados em diferentes países
A iniciativa chegou a ganhar forma com os lançamentos de Citadel: Diana (na Itália) e Citadel: Honey Bunny (na Índia), ambos no fim de 2024. Mas, desde então, o projeto global parece ter perdido fôlego.
Ainda de acordo com o AdoroCinema, os desdobramentos internacionais da franquia foram suspensos. Tanto as continuações de Diana e Honey Bunny quanto outras produções planejadas — como um spin-off mexicano — foram oficialmente engavetadas.
O que resta agora é a expectativa de que parte dessas histórias seja incorporada à segunda temporada da série original, cujas gravações aconteceram em novembro de 2024. Inicialmente prevista para 2025, a nova temporada foi adiada para 2026.
No fundo, a Amazon queria criar seu próprio “agente secreto” para rivalizar com 007. Mas a ironia é inevitável: agora que a própria empresa detém os direitos da franquia James Bond, fica a dúvida se ainda faz sentido insistir em Citadel.