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Turnê de 80 anos de Renato Teixeira será no Teatro RioMar

Com repertório dos grandes sucessos da carreira, como "Romaria" e "Amanheceu Peguei a Viola", artista se apresenta em novo local dia 31 de maio

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Samara Cinobio

Publicado em 30/04/2025 às 10:02
Renato Teixeira - Fabio Nunes

A turnê dos 80 anos de Renato Teixeira tem novo palco para acontecer no Recife. O Teatro RioMar receberá, dia 31 de maio, o show que trará os maiores sucessos do cantor e compositor, um dos grandes nomes da música brasileira.

Batizada de "Renato 80", a gira estreia neste final de abril em São Paulo e, no Recife, já está com ingressos à venda através do site Uhuu.com e na bilheteria do teatro.

"Em algum lugar da alma sinto-me com 20 anos: esse amor pelo cantar, pelo compor; essa disposição de ir de cidade em cidade levando música, contando causos e recebendo o calor do público. E quando, de cima do palco, ouço as vozes de todos entoando 'Romaria', 'Tocando em Frente', 'Frete', 'Amanheceu Peguei a Viola'... como envelhecer assim? O cabelo embranquece, a pele se enruga, a força se esvai, as pálpebras caem, mas o que se constrói é sempre renovado por aqueles que querem continuar essa mesma missão. E agora, com meus 80 anos percebo que idade é apenas sinônimo de mais história pra contar", sentencia o compositor, que aniversaria dia 20 de maio.

O repertório do show terá clássicos da música nacional que estão nos mais de 20 discos lançados pelo artista ao longo de mais de 50 anos de carreira.

Além das canções já citadas pelo próprio Renato, outras como "Amora" e "Cuitelinho" estarão na festa do ícone da música caipira que, em cena, estará acompanhado de um quinteto com violão, guitarra, baixo, bateria e flauta.

RENATO TEIXEIRA POR RENATO TEIXEIRA

Passei a infância em Ubatuba e a adolescência no interior do Estado de São Paulo. Das atividades familiares, a que mais me interessava era a música.

No final dos anos 1960, mudei para a capital. As portas se abriram e logo eu estava no Festival da Record de 67. Minha música era "Dadá Maria" e foi defendida pela Gal Costa e pelo Silvio Cesar.

Na virada para os 1970, a música silenciou. Fui fazer jingles publicitários para sobreviver. Nesse tempo já havia me identificado totalmente com a música caipira.

Com meus lucros publicitários, criei o Grupo Água, até que, um dia, a Elis Regina ouviu "Romaria" e nos convidou para acompanhá-la na gravação. Foi um grande sucesso que mudou minha carreira e criou um grande espaço para que a música do interior invadisse o mercado.

Outras parcerias também marcaram a minha história. Com Almir Sater, por exemplo, fizemos dois grandes sucessos que sustentaram nossas carreiras: “Um Violeiro Toca” e “Tocando Em Frente”.

Já com Pena Branca e Xavantinho, gravamos o disco “Ao Vivo em Tatuí”, que se transformou num marco no gênero caipira.

Meu projeto de vida é dar continuidade ao meu sonho de divulgar e difundir cada vez mais o espírito do caipirismo valeparaibano, não pela repetição das velhas formas, e sim pelo potencial que esse universo cultural oferece para que, como sempre, a música brasileira avance em direção ao futuro, coerente com a evolução, naturalmente contemporânea.

SERVIÇO

Ingressos

À venda no site Uhuu.com e na bilheteria do teatro (terça a sábado, das 14h às 20h, exceto feriados).

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