Na versão original de Vale Tudo, exibida pela TV Globo entre 1988 e 1989, a icônica mala com 800 mil dólares — símbolo da corrupção e ganância na trama — teve um destino surpreendente que reforçou a crítica social da novela.
A mala, pertencente ao executivo corrupto Marco Aurélio (Reginaldo Faria), foi extraviada e acabou nas mãos de Raquel (Regina Duarte), que, mantendo sua integridade, recusou-se a ficar com o dinheiro ilícito. Posteriormente, a mala desapareceu misteriosamente, e Raquel acreditou que Ivan (Antônio Fagundes) a havia pego.
No desfecho da novela, é revelado que Leila (Cássia Kis), esposa de Marco Aurélio, foi quem ficou com a mala de dinheiro. Ela embarca em um avião com a fortuna, deixando o país.
Esse final impactante reforçou a mensagem central de Vale Tudo: a crítica à corrupção e à falta de ética na sociedade brasileira. A novela permanece como um marco na teledramaturgia nacional, sendo lembrada por suas reviravoltas e pelo questionamento moral que propôs ao público.
Leila também foi a assassina de Odete Roitman
Além de fugir com a fortuna, Leila também foi a responsável por um dos crimes mais emblemáticos da teledramaturgia nacional: a morte de Odete Roitman (Beatriz Segall). O assassinato da vilã foi um dos maiores mistérios da novela, mobilizando o país inteiro na época. O nome da assassina só foi revelado no último capítulo, gerando uma enorme comoção.
O crime aconteceu quando Leila, armada e emocionalmente abalada, planejava matar Maria de Fátima (Glória Pires), mas acabou confundindo Odete com a rival e disparou. A revelação chocou os telespectadores e consolidou Vale Tudo como uma das novelas mais ousadas e impactantes da TV brasileira.
Mais de 30 anos depois, o remake revive esse mistério com nova roupagem, mantendo viva a força da história que questiona: vale tudo para vencer na vida?