Dia do Livro: 10 livros que valeram (e ainda valem) o hype
No Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor, comemorado nesta quarta (23), conheça obras que marcaram o universo da leitura e ainda valem o hype

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Nesta quarta-feira, 23 de abril, é comemorado o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor. A data incentiva a leitura e o acesso aos livros, além de homenagear os escritores William Shakespeare, Miguel de Cervantes e Inca Garcilaso de la Vega, que faleceram na data.
Os nomes são apenas alguns dos autores que marcaram o universo da leitura, que a cada dia ganha uma nova página. Conheça, nesta matéria, outros autores e obras que valeram o hype.
Livros que valeram (e valem) o hype
1984 (George Orwell)
Se você gosta de Big Brother Brasil, talvez devesse conhecer a origem do nome que inspirou o título do programa. Em “1984”, de George Orwell cria um superestado totalitário governado pelo Partido Interno e seu líder onipresente, o Grande Irmão.
Essa sociedade é rigidamente controlada, com a liberdade de pensamento e expressão sendo severamente reprimidas. O protagonista, Winston Smith, atua no Ministério da Verdade, onde seu trabalho consiste em reescrever documentos históricos para que se encaixem na narrativa oficial do Partido.
Desiludido com o regime opressor, o protagonista se rebela secretamente e busca contato com a Irmandade, uma organização secreta que luta contra o Partido.
A cantiga dos pássaros e das serpentes (Suzanne Collins)
Dez anos após a publicação do último livro da trilogia "Jogos Vorazes", Suzanne Collins publicou “A cantiga dos pássaros e das serpentes”, um prelúdio da saga que marcou uma geração nos anos 2010.
Geração que inclusive voltou aos cinemas para assistir à adaptação cinematográfica que acompanha Coriolanus Snow, presidente (e vilão) de Panem na trilogia Jogos Vorazes, como mentor da 10ª edição dos Jogos Vorazes, um evento brutal que serve como punição e entretenimento para os distritos.
Ele é designado para mentorear Lucy Gray Baird, uma garota do Distrito 12, nos jogos. Contra todas as expectativas, a garota conquista o público com seu carisma e talento musical. Snow, percebendo o potencial de Lucy Gray para trazer fama e fortuna para sua casa, se envolve cada vez mais com ela, em uma relação complexa.
A vegetariana (Han Kang)
Vencedora do Prêmio Nobel de Literatura, Han Kang conseguiu abordar temas como violência, desejo, loucura e a busca por autonomia através do romance psicológico “A vegetariana”. A narrativa se divide em três partes, cada uma narrada por um personagem diferente: o marido de Yeong-hye, seu cunhado e a própria protagonista, Yeong-hye.
A obra acompanha Yeong-hye, uma mulher aparentemente comum que, após um sonho perturbador, decide se tornar vegetariana, desencadeando uma série de eventos que abalam as estruturas de sua família e revelam profundas perturbações psicológicas.
E aí vai um spoiler: o livro não é só sobre comer carne.
Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley)
Outra distopia que alertou sobre o que poderíamos viver atualmente e podemos viver futuramente é “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley. A obra retrata uma sociedade futurista onde o controle tecnológico sobre a reprodução, a genética e a psicologia garante a estabilidade. As pessoas são divididas em castas pré-determinadas, com felicidade assegurada por consumo, sexo e a droga "soma".
A trama acompanha Bernard, um Alfa insatisfeito, e Lenina, uma Beta que questiona seu mundo. Ao encontrarem John, um "selvagem" criado fora desse sistema, os personagens confrontam os valores dessa sociedade.
Memórias Póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis)
Um dos autores mais importantes da literatura brasileira, Machado Assis revolucionou ao publicar “Memórias Póstumas de Brás Cubas” em 1881. A obra narra a vida do defunto-autor Brás Cubas, que, após a morte, decide escrever suas memórias sem a preocupação de agradar ou seguir convenções literárias.
O narrador sarcástico e pessimista revisita sua vida, descrevendo seus relacionamentos, ambições frustradas, ideias filosóficas e a busca por uma cura para a melancolia da humanidade. A obra é marcada por digressões, ironias, e uma constante interação com o leitor. Brás Cubas não se apresenta como um herói, mas como um anti-herói, expondo suas fraquezas e a hipocrisia da sociedade.
Mulheres que correm com os lobos (Clarissa Pinkola Estés)
Muito além do meme, “Mulheres que correm com os lobos” é visto como um marco para muitas leitoras. Isso porque, através de mitos, contos (nem tão) de fadas e histórias de diversas culturas, Clarissa Pinkola Estés explora o conceito da "Mulher Selvagem", uma força instintiva e poderosa presente em todas as mulheres, que foi reprimida pela sociedade patriarcal.
Através das histórias, a autora ilustra os arquétipos femininos e os desafios que as mulheres enfrentam ao tentar se reconectar com sua natureza instintiva. Publicada em 1991, a obra empoderou leitoras de todo o mundo nos últimos anos.
O conto da aia (Margaret Atwood)
Uma distopia de fazer o sangue gelar. “O conto da aia”, de Margaret Atwood, se tornou um clássico da literatura feminista e um alerta sobre os perigos do totalitarismo e da opressão.
A obra que inspirou a série televisiva se passa em Gilead, uma república teocrática e totalitária que surge após um golpe nos EUA. Nesse sistema, as mulheres perdem seus direitos e as férteis são reduzidas a "aias", servas sexuais forçadas a gerar filhos para a elite.
O livro acompanha Offred, uma aia que busca sobreviver e preservar sua identidade sob esse regime opressor, explorando temas como poder, controle e resistência.
Os sete maridos de Evelyn Hugo (Taylor Jenkins Reid)
Esse fez muita gente pesquisar o nome da protagonista no Google. "Os Sete Maridos de Evelyn Hugo", de Taylor Jenkins Reid, narra a vida da icônica estrela de Hollywood, Evelyn Hugo, que se casou sete vezes.
A história que começa parecendo uma fofoca biográfica vai ganhando mais e mais camadas, cativando o leitor. Isso porque os sete casamentos de Evelyn, motivados por razões diversas como ambição, fuga e sobrevivência, revelam a complexidade da protagonista e determinação em busca do sucesso.
Tudo é rio (Carla Madeira)
Um dos livros de ficção mais vendidos em 2024, “Tudo é rio”, de Carla Madeira, ficou famoso não apenas pelos trechos impactantes, mas também pelo final polêmico.
O livro narra a história de Venâncio, Toia e Dalva, três personagens cujas vidas se entrelaçam em um triângulo amoroso marcado por paixão, violência e redenção. A linguagem poética se mescla a uma abordagem "nua e crua".
A obra também gerou um debate sobre a representação da sexualidade feminina na literatura brasileira e o papel da mulher na sociedade. Além disso, foi finalista no Prêmio Jabuti e no Prêmio São Paulo de Literatura.
Verity (Colleen Hoover)
Com três títulos entre os livros de ficção mais vendidos em 2024, Colleen Hoover conquistou uma legião de fãs. Verity, uma das obras dessa lista, é um thriller psicológico com elementos de romance sombrio (dark romance) que explora a obsessão, a manipulação e a complexidade das relações.
A narrativa, que será adaptada cinematograficamente (com Anne Hathaway, Josh Hartnett e Dakota Johnson), acompanha Lowen, uma escritora que aceita a oferta de terminar a série de Verity Crawford, uma autora famosa agora incapacitada.
Ao se mudar para a casa da autora, Lowen encontra um manuscrito com revelações chocantes sobre a verdadeira personalidade de Verity, contrastando com sua imagem pública. A situação se torna mais complexa quando Lowen se apaixona por Jeremy, o marido de Verity, e começa a duvidar da sanidade da escritora e das intenções de todos.
O final da obra divide opiniões, o que deixa muitos leitores ainda mais engajados.