5 raças de cachorro são proibidas no Brasil; entenda

Conhecer o temperamento do animal, oferecer adestramento e respeitar as regras são atitudes indispensáveis. Confira a lista dos animais

Publicado em 22/04/2025 às 6:20
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Ao pensar em cachorros, é comum imaginar companheiros dóceis, leais e afetuosos — afinal, são conhecidos como os melhores amigos do homem. No entanto, nem todas as raças se encaixam nesse estereótipo.

Algumas são vistas pelas autoridades brasileiras como ameaça à segurança pública devido ao seu porte, temperamento ou histórico de agressividade.

Embora o Brasil não possua uma legislação federal que proíba expressamente essas raças, diversos estados e municípios impõem regras rígidas sobre posse, criação e circulação de cães considerados perigosos.

Abaixo, você confere cinco raças que enfrentam restrições ou proibições em várias regiões do país.

1. American Staffordshire Terrier – O cão que divide opiniões

Muitas vezes confundido com o Pit Bull, o American Staffordshire Terrier é uma raça de combate, musculosa e altamente determinada. Apesar de sua lealdade aos tutores, pode demonstrar agressividade se não for socializado desde cedo.

Sua entrada no Brasil pode ser barrada em aeroportos e portos pela Receita Federal, e sua participação em exposições e eventos é frequentemente vetada. Especialistas apontam que, com donos experientes e treinamento correto, o Staffordshire pode ser um cão equilibrado — mas o risco de acidentes permanece.

2. Presa Canário – O cão de guarda com fama perigosa

Robusto e imponente, o Presa Canário é uma das raças mais temidas do mundo. Originário das Ilhas Canárias, foi criado para proteger propriedades e manejar gado — mas seu instinto protetor pode se tornar agressividade extrema.

No Brasil, estados como Pernambuco e Paraná impõem decretos municipais que regulam sua criação, exigindo laudos veterinários e responsabilidade civil. Embora admirado como cão de guarda, o Presa Canário desperta receios em áreas urbanas.

3. Tosa Inu – O gigante das arenas japonesas

Criado originalmente para combates caninos no Japão, o Tosa Inu impressiona pelo tamanho e vigor físico. Com histórico de comportamento agressivo, é proibido em diversos países, como Austrália e Noruega.

No Brasil, embora não seja ilegal possuir um Tosa Inu, vários estados exigem registro oficial, microchip de identificação e uso obrigatório de focinheira. Também há restrições à reprodução dessa raça, por conta de seu temperamento imprevisível.

4. Dogo Argentino – Força e instinto sob vigilância

Originário da Argentina, o Dogo Argentino é uma raça poderosa, criada para caçar presas de grande porte. Seu porte atlético e instinto de proteção exigem cuidado redobrado.

Em estados como São Paulo e Minas Gerais, há leis que classificam essa raça como potencialmente perigosa. A circulação em locais públicos é permitida apenas com coleira, guia curta, focinheira e registro municipal. Além disso, a criação e reprodução estão sujeitas a regras rígidas.

5. Wolfdog – O híbrido que assusta

Com aparência selvagem e comportamento imprevisível, o Wolfdog é fruto do cruzamento entre cães domésticos e lobos. Essa mistura genética o torna instável mesmo sob treinamento intensivo.

Apesar de não existir uma proibição federal explícita, autoridades ambientais e veterinárias alertam para os riscos da criação desse animal. Por conter DNA de animal silvestre, a posse de um Wolfdog pode ser enquadrada na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), que exige autorização específica para manter espécies selvagens em cativeiro.

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