Legado do Papa Francisco: confira ações importantes durante o papado

Com coragem, compaixão e um senso incansável de justiça, Papa Francisco conduziu a Igreja por caminhos antes inexplorados. Confira!

Publicado em 21/04/2025 às 8:58
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Durante os doze anos em que liderou a Igreja Católica, o papa Francisco não apenas ocupou o trono de Pedro — ele o redesenhou.

De Buenos Aires para o coração do Vaticano, Jorge Mario Bergoglio se tornou uma das figuras mais emblemáticas do século XXI.

Com coragem, compaixão e um senso incansável de justiça, ele conduziu a Igreja por caminhos antes inexplorados.

Uma voz para os esquecidos

Francisco quebrou o silêncio da tradição ao se posicionar ao lado dos invisibilizados. Falou com clareza sobre os direitos dos refugiados, estendeu sua escuta à população LGBTQ+ e fez da Igreja um espaço mais aberto ao diálogo com as periferias humanas e existenciais.

Sem romper com a doutrina, mas movendo suas margens, o papa acendeu debates sobre os papéis das mulheres dentro da estrutura eclesiástica. Em um discurso marcante, declarou que negar educação e voz às mulheres é trair o Deus que “nasceu de uma mulher”. Seu chamado não era apenas espiritual, mas profundamente social.

Santos dos nossos tempos

Sob seu pontificado, a santidade ganhou rostos contemporâneos. Em 2019, canonizou Irmã Dulce — o "Anjo Bom da Bahia" — reconhecendo sua dedicação aos pobres e sua fé inabalável.

Anos depois, trouxe ao altar um novo símbolo para as gerações digitais: Carlo Acutis, jovem italiano e entusiasta da fé online, foi declarado beato e terá sua canonização oficializada em abril. Um adolescente da era da internet agora será venerado como santo.

Tolerância zero e justiça interna

Francisco também foi o papa que enfrentou com firmeza os pecados da própria Igreja. Diante de escândalos envolvendo abusos sexuais, ele não titubeou: estabeleceu normas claras, comissões independentes e punições severas.

“A Igreja deve se envergonhar e pedir perdão”, disse ele, chamando à responsabilidade institucional e moral.

Pontes entre fés

Para Francisco, a fé não se fecha em muros. Em suas muitas viagens e discursos, defendeu o diálogo inter-religioso como caminho para a paz duradoura.

Encontros com líderes muçulmanos, judeus e representantes de outras crenças reforçaram sua visão de fraternidade: não uma fusão de doutrinas, mas uma escuta verdadeira e respeitosa das diferenças.

Crítico do excesso e defensor dos pobres

O papa nunca se calou diante das desigualdades. Condenou o consumismo, cobrou justiça social e apelou aos líderes mundiais para que priorizassem os mais vulneráveis.

“No Natal, o risco é esquecer o essencial — e nada é mais essencial do que a dignidade humana”, afirmou em 2023.

Reformas e transparência

A própria casa também precisou de reformas. Francisco promoveu mudanças administrativas profundas na estrutura do Vaticano, buscando transparência nas finanças da Santa Sé e criando mecanismos rigorosos de controle. Sua meta era clara: devolver à Igreja o foco nos pobres, não nos privilégios.

Presente nos quatro cantos do planeta

Nenhum continente ficou de fora do mapa pastoral de Francisco. Com mais de 60 viagens internacionais, ele levou sua mensagem de fé e reconciliação até zonas de conflito e miséria. Na Jornada Mundial da Juventude, em 2013, no Rio de Janeiro, emocionou ao reunir três milhões de pessoas na praia de Copacabana.

O papa da paz

Com insistência serena, Francisco pediu o fim das guerras. Em suas palavras, “que as armas se calem e deem espaço ao diálogo”. Seu papado foi, acima de tudo, um clamor pela humanidade.

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