A Sexta-feira Santa é muito mais do que uma data no calendário cristão. É um convite à introspecção, um momento sagrado que marca a Paixão e Morte de Jesus Cristo, e carrega consigo séculos de tradição, fé e respeito profundo entre os fiéis da Igreja Católica. O dia é reservado ao recolhimento espiritual.
Os católicos são chamados a praticar o jejum e a abster-se de carnes de animais de sangue quente, como forma simbólica de penitência e conexão com o sofrimento de Cristo.
O que não fazer neste dia sagrado?
Mais do que regras rígidas, a Sexta-feira Santa convida à sensibilidade. Embora o costume popular leve algumas pessoas a evitarem tarefas domésticas como varrer a casa ou mesmo tomar banho nesse dia, o padre Rafhael esclarece que tais hábitos têm raízes culturais, não religiosas — são decisões pessoais, não determinações da fé.
No entanto, o espírito do dia pede respeito. Atividades como festas, músicas em volume alto ou comportamentos que destoem da atmosfera de luto e contemplação não são formalmente proibidas, mas, como destaca o padre, devem ser avaliadas à luz do bom senso e da reverência que a data exige.
Até mesmo os clérigos — bispos, padres e diáconos — adotam vestimentas mais simples e sóbrias, em sinal de humildade e luto diante da memória da crucificação de Cristo.