Quais os dias que não pode comer carne durante a Semana Santa? Veja o que diz a Igreja
Essa tradição cristã orienta fiéis a evitarem carne vermelha em datas específicas da Semana Santa como forma de reflexão e respeito

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Durante a Semana Santa, muitos cristãos seguem tradições alimentares que vão além de costumes culturais: são gestos de fé e espiritualidade.
Entre elas, a mais conhecida é a abstenção de carne vermelha em determinados dias. Mas afinal, quais são essas datas e o que está por trás dessa prática?
Sexta-feira Santa: o principal dia de jejum
De acordo com a Igreja Católica, na Quaresma, especialmente na Sexta-feira Santa, que neste ano cai em 18 de abril, os fiéis são convidados a se abster do consumo de carne vermelha e branca.
A data é feriado nacional no Brasil, ao contrário da Quinta-feira Santa, 17 de abril, que não é considerada feriado oficial.
Recomenda-se tanto o jejum quanto a abstinência de carne vermelha ou carnes consideradas “de festa”.
Além da sexta-feira que antecede a Páscoa, muitas pessoas também optam por não comer carne todas as sextas-feiras da Quaresma, como forma de penitência e preparação espiritual.
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Por que a carne é evitada?
A carne vermelha, historicamente, era vista como um alimento nobre e festivo.
Evitá-la nesses dias seria uma forma simbólica de abrir mão de prazeres cotidianos em sinal de respeito e sacrifício, lembrando o sofrimento de Cristo. Em vez dela, costuma-se consumir peixe ou optar por refeições mais simples.
E se a pessoa não puder seguir?
A Igreja ensina que o jejum e a abstinência são práticas importantes, mas sempre devem ser feitas com consciência e responsabilidade.
Idosos, doentes, crianças pequenas e pessoas com limitações alimentares não são obrigadas a seguir o jejum. O mais importante é o espírito de fé, reflexão e solidariedade que deve nortear esses dias.
Um gesto simples, um significado profundo
Mesmo com o passar do tempo e as mudanças nos hábitos alimentares, o gesto de abrir mão da carne na Semana Santa continua vivo entre muitos fiéis.
Mais do que uma regra, é um convite à interiorização, ao silêncio e ao respeito pelo sacrifício que dá sentido à Páscoa.