Recife: Samba de Caboclo ocupa o Cais do Sertão em uma celebração de ritmo e ancestralidade

No dia 12 de abril, o vão livre do Museu Cais do Sertão, no Recife, será palco para um encontro especial entre o samba e a ancestralidade. A banda carioca Samba de Caboclo retorna à cidade para um espetáculo que promete unir os tambores da mata, o axé dos terreiros, as toadas sertanejas à batucada do partido-alto, celebrando as raízes afro-indígenas da música brasileira.

O Samba de Caboclo é um coletivo musical criado em 2020, por um grupo de amigos, artistas e produtores com grande projeção no cenário musical brasileiro, que decidiram recuperar os elementos tradicionais afro indígenas na musicalidade do samba. Assim, o grupo vem apresentando esta cultura em seus shows pelo Brasil, com um repertório rico de tradição, representatividade e axé.

A banda vem se destacando em shows pelo Brasil e tornou-se um expoente nas redes sociais por sua musicalidade e também por defender causas relevantes para a sociedade e cultura brasileira como o enfrentamento da intolerância religiosa. Tal relevância fez com que o grupo recebesse recentemente, a Medalha Pedro Ernesto, que é a maior honraria da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro conferida a pessoas e instituições que se destacam na sociedade.

Para as culturas tradicionais africanas e indígenas vividas no Brasil, a roda é o princípio de tudo. É um ambiente de celebração, tomada de decisões, ritos de passagem e brincadeira. Por isso, a banda adota a prática de tocar em roda. O público é diverso e abrange desde as crianças, jovens adultos e os idosos que interagem dançando dentro da roda garantindo interatividade e conexão com a banda.

Há também a apresentação de bailarinos que mostram a corporeidade das danças dos Orixás, Encantados e do próprio samba tornando a experiência ainda mais rica e acolhedora.

No palco, a banda traz uma experiência sonora e ancestral que é única, conectando o público às tradições que atravessam gerações. O samba possui várias linguagens, mas há um deles, que em 2005, foi reconhecido pela UNESCO como patrimônio oral e imaterial da humanidade, o samba de roda e este, é a grande fonte musical do show. No Samba de Caboclo há uma pesquisa intensa sobre repertórios, toques e narrativas ancestrais desta linguagem musical que é a base do samba que conhecemos hoje.

No show do próximo dia 12 de abril, a proposta da banda é fazer uma reverência as encantarias, os vaqueiros e os sambas de viola dos caboclos boiadeiros, entrelaçando a poética sertaneja e a força do samba. Mais do que uma apresentação musical, a noite promete uma experiência sensorial onde a percussão ressoa como reza e o canto ecoa como encantamento. Para essa celebração ficar ainda melhor, a DJ Boneca sobe ao palco trazendo a sonoridade afro-urbana de Pernambuco e assume os intervalos, garantindo que a energia não pare de pulsar.

O Cais do Sertão, espaço de memória e cultura, será o cenário perfeito para essa fusão entre os ritmos urbanos e a tradição ancestral. A apresentação convida o público a sentir, dançar e celebrar a energia dos tambores que contam a história de um Brasil profundo, mestiço e vibrante.

Quando a roda gira, a gente se encontra. Quando o samba toca, a ancestralidade fala. Nos vemos no Cais do Sertão!

Serviço:

• Local: Vão livre do Museu Cais do Sertão – Recife/PE
• Data: 12 de abril de 2025 das 16h às 0h
• Atração: Samba de Caboclo
• Últimos Ingressos disponíveis no Sympla (R$ 70,00) Link do Sympla https://acesse.one/SambaDeCabocloRecife
• Instagram: @sambadecabocloof