Posso correr de costas? Entenda os benefícios da prática esportiva Moonwalk

A corrida de costas ganha destaque como treino complementar com benefícios para desempenho, reabilitação e prevenção de lesões. Conheça!

Publicado em 07/04/2025 às 21:26
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Pode parecer brincadeira de criança, mas não é! A corrida de costas vem ganhando espaço no universo do treinamento físico. A prática pode ser um complemento ao treinamento tradicional ou uma modalidade específica, ainda pouco explorada, mas com potencial promissor.

Leandra Batista, Doutora em Neurofisiologia e professora de Educação Física do Centro Universitário de Brasília (CEUB), descreve os ganhos no desempenho motor, condicionamento físico e no alto rendimento, acrescentando que o exercício é indicado para atletas, corredores e pessoas em reabilitação, desde que com a devida orientação.

A corrida de costas tem se mostrado adaptável a diferentes contextos, seja para quem busca ampliar o repertório de treinos, explorar novas formas de fortalecer o corpo ou melhorar o desempenho esportivo. “Estudos mostram que oito semanas de treino específico de corrida de costas podem trazer ganhos iguais ou superiores em velocidade, agilidade e potência, se comparada à corrida tradicional. Vale muito a pena conhecer e experimentar”, reforça.

De acordo com a docente do CEUB, a corrida, incorporada aos treinos convencionais, pode melhorar a coordenação, o equilíbrio e a força muscular, sendo especialmente útil para atletas que praticam esportes com mudanças rápidas de direção, como corrida tradicional, futebol e modalidades de alta intensidade. Em treinos estruturados, ela vai além do complemento.

Outro benefício da prática é o alto gasto energético, sobretudo por exigir maior esforço neuromuscular, o que significa maior queima calórica e potencial de fortalecimento das conexões sinápticas.

“A corrida de costas desafia os padrões motores habituais, exigindo maior coordenação, equilíbrio e tempo de reação, o que promove uma adaptação neurológica diferenciada e potencializa a eficiência do controle motor”, destaca.

Os efeitos positivos também passam pela preservação articular. Por exercer menos força de reação do solo, o exercício reduz o impacto sobre os joelhos e outras articulações, despontando como uma alternativa interessante para quem está em fase de reabilitação ou busca prevenir lesões. “Ela ativa grupos musculares diferentes, como os isquiotibiais e as panturrilhas, que nem sempre são priorizados nos treinos convencionais. E ainda recruta o core e a região lombar, favorecendo a estabilidade postural”, explica a especialista.

Um treino fora do comum e cheio de possibilidades

Para quem deseja começar, a docente do CEUB frisa que os cuidados incluem evitar locais com obstáculos, dar preferência a pistas planas e iniciar de forma progressiva: primeiro caminhando de costas, depois alternando com a corrida tradicional, até se adaptar ao movimento.

“A orientação é começar devagar, com consciência corporal e em ambientes seguros. A prática exige atenção ao entorno e, de preferência, deve ser acompanhada por um profissional”, aconselha Leandra.

“O conteúdo deste site é destinado a fins informativos e educacionais, e não se destina a fornecer aconselhamento médico, dermatológico, nutricional ou de qualquer outra natureza. As informações aqui apresentadas não devem ser utilizadas para diagnosticar ou tratar qualquer problema de saúde. Recomendamos que você consulte um profissional de saúde qualificado para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento individualizado.”

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