4 motivos para assistir "Adolescência", nova série da Netflix

A minissérie britânica "Adolescência" tem gerado debates intensos desde sua estreia na Netflix.

Em apenas quatro episódios, a produção mergulha nos desafios da juventude contemporânea, explorando violência, redes sociais e masculinidade tóxica. Com um formato fora do comum e atuações notáveis, a obra é uma experiência única.

Segundo a Coordenadora Pedagógica do Colégio Marista Arquidiocesano, Simone Dias, é importante que os pais também assistam à série, com intuito de participar da vida dos filhos, e com isso entender o tipo de conteúdo que estão consumindo e os sites que acessam.

"Os pais precisam monitorar o acesso às redes dos filhos, tanto o tempo de utilização quanto os sites. A série mostra conversas, símbolos e palavras dos quais nós muitas vezes não sabemos o que significam. A coordenação do colégio recomenda que os pais façam a instalação de apps de monitoramento e bloqueio de conteúdo nos dispositivos que os jovens, para blindá-los desse tipo de conteúdo", reforça Simone.

A série foi amplamente elogiada pela crítica e pelo público, com altas avaliações em famosos sites de resenha de cinema. Saiba 4 motivos para assistir Adolescência:

1- Sucesso de audiência

A série foi a mais assistida em 71 países, de acordo com dados da própria plataforma de streaming e bateu recorde de visualizações, ultrapassando a marca de 66 milhões de espectadores, da data do seu lançamento até a última segunda-feira (23).

A produção superou outros sucessos do Netflix, como “The Residence”, “Dona da Bola” e “Bebê Rena”, recordistas anteriores na plataforma.

2- Um alerta real sobre o uso das redes sociais

A trama segue o adolescente Jamie Miller, que é cada vez mais envolvido por conteúdos que incentivam a violência, masculinidade tóxica e discursos de ódio.

A série demonstra como o acesso irrestrito e não monitorado das redes sociais, em um momento importante para o desenvolvimento de um adolescente, afeta sua percepção sobre outras pessoas.

3- Temas importantes e atuais

A produção levantou debates sobre o fácil acesso aos conteúdos que incentivam o ódio, a violência e comportamentos antissociais.

Esse tipo de material está difundido em diferentes redes sociais, que ou não conseguem ou não se esforçam para suprimir estes conteúdos, que muitas vezes vão contra suas próprias normas de uso.

"É preciso que os pais abram diálogo com seus filhos, porque as respostas que os jovens não conseguem em casa, são encontradas na internet, porém devemos questionar que tipo de resposta os filhos estão recebendo das redes sociais. Muitas vezes os filhos se fecham em seus próprios lares, que deveriam ser locais seguros, mas se abrem para a internet, que é um mar aberto," orienta a Coordenadora do Marista.

4- Sintomas de crianças que sofrem bullying

A série demonstra como um ambiente hostil afeta a saúde mental de crianças e adolescentes, e as formas que isso se transforma em mais violência.

Os pais devem se atentar a forma que os filhos se comportam em casa, se há algum tipo de comportamento que indique que estão evitando a escola, da mesma forma que o corpo docente deve se atentar a postura dos alunos para identificar situações de violência.

"A série demonstra uma consequência trágica de um aluno vítima de bullying. Os pais e a escola devem atuar em parceria para reconhecer se a criança está sofrendo com esse tipo de situação. Muitas vezes, os alunos apresentam sinais físicos, como dores de cabeça, náuseas ou dizem estar passando mal, para evitar de ir para a escola", explica.

"Se isso estiver ocorrendo, recomendamos aos pais que venham e conversem com os responsáveis pedagógicos da escola, para que possa ser feito um trabalho em conjunto entre família e instituição para resolver essa questão", conclui.

Atenção com a juventude

A produção da Netflix jogou luz sobre a necessidade de estar presente na vida pessoal dos filhos, inclusive digitalmente.

Não só isso, como também reforçou a importância da atuação em parceria entre a escola e a família, uma vez que determinados comportamentos não são observados em casa, ou se manifestam apenas na instituição de ensino.

Confira o trailer: